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Acordos com profissionais de saúde sem limites (pelo menos, enquanto se desconhecem as reivindicações)

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Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa

A ministra da Saúde, Ana Paula Martins

A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, disse “não ter limites a priori”, nas negociações com os profissionais de saúde – embora tenha admitindo que ainda não conhece os respetivos cadernos reivindicativos.

Não há “limites à priori” na negociação com sindicatos dos médicos, enfermeiros, farmacêuticos…

A garantia foi dada, este sábado, pela ministra da Saúde, Ana Paula Martins – que, no entanto, desconhece as reivindicações destes profissionais de saúde.

“Os sindicatos, nas reuniões que vamos fazer, apresentarão o seu caderno de encargos e nós, com toda a seriedade e lealdade, vamos dialogar sobre esses cadernos de encargos, que ainda não conhecemos neste momento”, disse a ministra Ana Paula Martins, no final da conferência “Portugal quer mais Europa… na Saúde?”, que decorreu na Fundação Champalimaud, em Lisboa.

Ana Paula Martins referia-se às primeiras reuniões entre a nova equipa ministerial e os sindicatos dos médicos, enfermeiros e farmacêuticos, que arrancam na próxima semana.

Em declarações aos jornalistas, a ministra da Saúde disse ser intenção do Governo “ir tão longe quanto for possível”, garantindo estar disponível para chegar “aos consensos necessários e possíveis”.

“Estamos muito empenhados em conseguir encontrar pontos de acordo, por isso não temos um limite a priori”, afirmou.

Questionada sobre a recente denúncia do Sindicato Independente dos Médicos (SIM) de irregularidades nos recibos de vencimento de alguns profissionais que não estão a receber o que deviam, a ministra escusou-se a comentar, alegando desconhecer esses casos: “Não tenho nenhum conhecimento factual. Ao ministério da saúde e ao gabinete não chegou nenhuma informação sobre essa matéria”.

Ana Paula Martins revelou ainda que antes das reuniões sindicais, irá começar a receber esta segunda-feira várias ordens profissionais, que elaboraram um documento com o que consideram ser as prioridades para a legislatura.

A Ordem dos Psicólogos é uma das entidades que irá estar presente nessas reuniões, onde se deverá abordar a questão das consultas de psicologia.

Saúde mental é prioridade do Governo

No encontro na Fundação Champalimaud, a ministra salientou a importância da saúde mental e psicológica – destacando-a como uma das prioridades do ministério e do Governo e prometendo reforçar Programa Nacional de Saúde Mental, até ao final de 2026.

“Queremos muito conversar sobre as consultas de psicologia e a sua devida integração no Programa Nacional de Saúde Mental, que está em muito bom ritmo e tem um projeto que já começou e vai continuar e que nós vamos continuar a apoiar e a reforçar até ao final de 2026″.

No encontro, a ministra apontou também a luta contra o cancro como uma das prioridades do Governo, defendendo que também nesta área são precisas mais verbas.

A saúde é um dos temas dos três debates que estão a decorrer na Fundação Champalimaud sobre a Europa promovidos em parceria pelas organizações cívicas Nossa Europa, SEDES – Associação para o Desenvolvimento Económico e Social e European Policy Centre.

Fonte: ZAP

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One Comment

  1. Os Enfermeiros precisam de uma vez por todas que se regularizem as injustiças, colegas sem pontos contabilizados, mal posicionados, retroativos a receber desde 2018, uns com 30/35 anos de profissão a ganhar igual a outros com 10 anos. Enfim, remuneração base em início de carreira mais justa com a responsabilidade vivenciada à anos por todos. Rever aposentação, mais cedo, pois existe desgaste, exaustão, riscos e penosidades. Em geral, motivar todos e não só alguns.
    Caso contrário, setenta percento dos pares emigram, o resto envelhece e sem condições humanas para cuidar de uma sociedade que se quer competitiva e ágil.

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