O Sindicato dos Enfermeiros decidiu esta segunda-feira convocar uma paralisação de alcance nacional para os dias 13 e 14 de outubro. É a resposta ao que a estrutura considera ser o recuo do Governo nas 35 horas semanais de trabalho.
Em declarações à imprensa, após reunião com a direção do Sindicato dos Enfermeiros, José Carlos Martins, dirigente da estrutura anunciou a convocação da greve nacional da enfermagem para os dias 13 e 14 de outubro, dias que antecedem a apresentação do documento orçamental pelo Governo.
O presidente do sindicato assinala que “acabou o estado de graça da geringonça para os enfermeiros”, numa referência ao nome pelo qual é habitualmente designado o atual Governo e os partidos de esquerda que o sustentam.
O dirigente assinala vários motivos que merecem a contestação por parte dos enfermeiros, nomeadamente a exigência de reposição do valor integral das horas de qualidade e horas extraordinárias, cujo corte de 50 por cento “era para vigorar apenas durante o plano de assistência financeira”.
José Carlos Martins fala também na exigência de pagamento de “todo o trabalho extraordinário e dos incentivos aos enfermeiros face às horas a mais” por carência dos enfermeiros nos serviços de saúde.
Os enfermeiros pedem também “a abertura imediata para o concurso nacional das ARS”, com vista a admitir dois mil enfermeiros, bem como o aumento da contratação para os hospitais.
O sindicalista exige ainda que o próximo Orçamento do Estado consagre “a possibilidade de negociação das progressões salariais, a abertura do concurso para enfermeiro principal e a negociação dos direitos salariais”.
Fonte: RTP
