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Retoma da mesa negocial entre Sindicato dos Enfermeiros e ministério da Saúde

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O Sindicato dos Enfermeiros – SE e o Ministério da Saúde retomam na próxima quarta-feira, dia 19 de julho, pelas 11h30m, as reuniões de negociação com vista à valorização da carreira de enfermagem. Para o presidente do SE, Pedro Costa, “há temas que são inadiáveis e que se ficarem fora da agenda de negociações serão, para nós, linhas vermelhas que não permitiremos que sejam ultrapassadas e que retiram todo o sentido a estas negociações”.

Em cima da mesa, para o SE, deve estar, desde logo, a conclusão do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). “Somos a única profissão da área da Saúde que não tem em vigor qualquer ACT e desde 2017 que aguardamos que sejam retomadas e concluídas as negociações”, frisa Pedro Costa. Outro dos temas que o Sindicato dos Enfermeiros pretende ver abordado na reunião prende-se com a atribuição de um dia de férias adicional por cada 10 anos de vínculo com o Serviço Nacional de Saúde (SNS) por parte dos contratos individuais de trabalho, tal como acontece com os colegas com contrato de trabalho em funções públicas. É inadmissível este tipo de barreiras entre enfermeiros que trabalham lado a lado.

“Pretendemos também que seja revista a aplicação do Decreto-lei n.º 80-B/2022, que define os termos das avaliações do desempenho dos enfermeiros, e que seja encontrada uma norma que uniformize a aplicação desta legislação, para que todos os enfermeiros progridam na carreira de forma igual, sejam mais novos, mais velhos ou mais diferenciados”, justifica Pedro Costa.

O presidente do SE adianta, ainda, que também a progressão na carreira tem de ser revista, uma vez que “temos cada vez mais enfermeiros acabados de entrar na profissão a ganhar exatamente o mesmo que aqueles colegas que estão na Enfermagem há 20 ou 30 anos”. No entender do dirigente, “questões como a carreira, a especialização, o reconhecimento do risco e penosidade, desgaste rápido e a dedicação ao SNS tem de ser valorizada e recompensada, também, monetariamente”. “O próprio ministro da Saúde já reconheceu, na comunicação social, que não é admissível ter enfermeiros mais novos a ganhar o mesmo, ou mais, do que aqueles que têm já uma carreira longa ou que investiram numa especialização para colmatar as necessidades em saúde dos portugueses”, frisa Pedro Costa.

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Numa altura em que se trabalha numa reforma dos Cuidados de Saúde Primários, com o intuito de atribuir profissionais de saúde a mais de um milhão de portugueses, Pedro Costa adverte que “não podemos ter apenas mais médicos de família, é também necessário que haja mais cuidados de saúde e se aposte uma vez por todas, no maior objetivo dos Cuidados de Saúde Primários a prevenção da doença e a promoção da saúde”. E isso, garante, “só é possível com a contratação e valorização de mais enfermeiros de modo a garantir que continuam a trabalhar no SNS, e não abandonam o país, onde podem ganhar pelo menos o triplo do que hoje ganham no setor público português e onde também a sua especialização e diferenciação incrementa exponencialmente os valores remuneratórios”.

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