
Maternidade de maior hospital de Cabo Verde realiza até 4.000 partos por ano
Os dados foram indicados pela médica Iolanda Landim, diretora da Maternidade do Hospital Agostinho Neto (HAN), na cidade da Praia, durante uma visita do primeiro-ministro, que no Dia Internacional da Mulher foi constatar as “melhorias significativas” naquela sessão hospitalar.
“Trata-se de um serviço que tem muito a ver com a vida, as mulheres, os bebés que nascem, e o melhor momento de fazer esta grande homenagem à mulher cabo-verdiana e às mulheres do mundo é celebrar a vida”, afirmou.
Segundo Ulisses Correia e Silva, o Governo está a fazer “grandes apostas” na saúde, em todos os níveis, o que tem feito com que os indicadores evoluírem “muito positivamente”, nomeadamente a mortalidade infantil.
De acordo com um estudo do Instituto Nacional de Estatística (INE) cabo-verdiano, que a Lusa noticiou em 19 de fevereiro de 2021, Cabo Verde registou globalmente quase 31 mil óbitos de 2007 a 2018, mas a mortalidade entre crianças com menos de 5 anos caiu para metade nesse período.
Segundo os dados, em 12 anos registou-se “uma tendência de diminuição” de óbitos em crianças menores de 5 anos e de óbitos durante o primeiro ano de vida, “apesar de algumas oscilações em 2012 e 2016”.
A diretora da Maternidade do Hospital Agostinho Neto, Iolanda Landim, informou que ali são realizados cerca de 25 mil atendimentos e entre 3.500 e 4.000 partos por ano.
Graças à população que disse está mais informada e com mais acessos e meios, a médica responsável constatou também que todos os indicadores têm “melhorado muito” na maternidade, que, além do trabalho de parto, faz consultas diversas e cirurgias.
A maternidade alberga ainda um banco de leite humano, o primeiro de África e inaugurado em 2011, destinado a apoiar as mães impossibilitadas de amamentar os filhos recém-nascidos e garantir a alimentação até aos seis meses.
O primeiro-ministro manifestou a vontade de continuar a investir na maternidade da Praia e no serviço de saúde de uma forma geral em Cabo Verde, essencialmente nos recursos humanos, com mais médicos, enfermeiros e pessoal auxiliar.
“Porque este é um setor onde o conhecimento é exigente todos os dias, porque há novas tecnologias, novas informações, estudos, e nós devemos colocar os novos profissionais em condições de acompanhar aquilo que existe do melhor no mundo”, afirmou.
Ulisses Correia e Silva esteve acompanhado na vista pelo ministro da Saúde, Arlindo do Rosário, pela ministra da Presidência do Conselho do Ministros e dos Assuntos Parlamentares, Filomena Mendes Gonçalves, e pelo diretor do HAN, Imadueno Cabral.
LUSA/HN
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