Madeira admite não atingir imunidade de grupo na data prevista
“Nós tínhamos esta contabilização feita em função das vacinas da AstraZeneca [imunizar 70% da população], mas esta situação veio alterar o que estava previsto”, disse o presidente do executivo, Miguel Albuquerque.
O governante falava à margem de uma visita ao Serviço Regional de Proteção Civil, no Funchal, onde procedeu à entrega de novos equipamentos aos corpos de bombeiros da região, nomeadamente postos de comando portáteis e tendas operacionais.
Miguel Albuquerque indicou que o governo, de coligação PSD/CDS-PP, vai reunir-se esta tarde para analisar a situação.
Na Madeira, a primeira dose da vacina da AstraZeneca já foi administrada a 3.543 pessoas, sendo que a região dispõe de um total de 35 mil vacinas desta farmacêutica.
A Direção Regional de Saúde decidiu seguir a indicação da Direção-Geral da Saúde e suspendeu na segunda-feira a administração da vacina da AstraZeneca programada no arquipélago, mantendo a da Pfizer.
Ao nível nacional, as autoridades tomaram a decisão após vários países europeus terem suspendido a administração desta vacina devido a relatos de aparecimento de coágulos sanguíneos em pessoas vacinadas.
Espanha, Itália, Alemanha, França, Noruega, Áustria, Estónia, Lituânia, Letónia, Luxemburgo e Dinamarca, além de outros países, incluindo fora da Europa, já interromperam o uso da vacina da AstraZeneca, após relatos de casos graves de coágulos sanguíneos em pessoas que foram vacinadas com doses do fármaco.
A empresa já disse que não há motivo para preocupação com a sua vacina e que houve menos casos de trombose relatados nas pessoas que receberam a injeção do que na população em geral.
A Agência Europeia do Medicamento (EMA) e a Organização Mundial de Saúde (OMS) confirmaram que os dados disponíveis não sugerem que a vacina da AstraZeneca tenha causado os coágulos e que as pessoas podem continuar a ser imunizadas com esse fármaco.
Lusa/HN
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