
Campanha alerta para impacto da gripe nas crianças e adolescentes
Organizações de saúde lançaram esta segunda-feira uma campanha para alertar que cerca de 70% das idas à urgência por gripe, em dezembro de 2024, envolveram crianças e adolescentes. A campanha reforça a importância da prevenção e da proteção no ambiente familiar.
A campanha “Não deixe a gripe estragar a festa” visa sensibilizar pais, educadores e cuidadores para o impacto da gripe nas crianças e adolescentes, apelando à promoção de comportamentos preventivos, como higiene das mãos, etiqueta respiratória e ventilação dos espaços fechados.
Segundo os promotores da iniciativa, 88% dos internamentos por gripe, em Portugal, ocorrem em crianças saudáveis menores de cinco anos. “Embora na maioria dos casos a evolução da gripe seja favorável, as crianças estão em risco de desenvolver complicações bacterianas como otite média aguda, sinusite e pneumonia, que contribuem para um aumento da prescrição de antibióticos”, sublinham.
Citados pela agência Lusa, referem ainda que cerca de 70% dos episódios de urgência por síndrome gripal registados no início da época da gripe de 2024 ocorreram em crianças e adolescentes, “revelando o peso significativo desta doença nesta população”.
As organizações salientam ainda que “a gripe em idade pediátrica não é apenas um problema clínico: é também um desafio social e económico” uma vez que “as crianças têm cinco vezes mais probabilidade de contrair gripe fora do agregado familiar e o dobro da probabilidade de a transmitir dentro de casa, resultando numa estimativa de 195 dias de trabalho perdidos por cada 100 crianças com menos de três anos”.
A campanha tem como mascote a personagem Viroco, “o especialista em estragar a festa” e adota um formato multiplataforma com presença na rádio, na imprensa, nas redes sociais e no site www.gripe infantil.pt, onde é possível encontrar informações práticas, testes interativos e conselhos validados por especialistas.
A campanha resulta da colaboração entre a Associação Nacional das Farmácias, a Associação Nacional de Médicos de Saúde Pública, a Associação Portuguesa de Enfermeiros de Cuidados de Saúde Primários, a Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, a Associação de Unidades de Cuidados na Comunidade, as Farmácias Portuguesas, a Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica e a AstraZeneca.