
Associação dos Cuidadores Informais pede revisão do estatuto
O Governo precisa rever o atual Estatuto do Cuidador Informal. O apelo é deixado, à Renascença, pela presidente da Associação Nacional dos Cuidadores Infomais.
Liliana Gonçalves pede que o reconhecimento de cuidadores principais seja extensível a todos os cuidadores – tenham ou não uma atividade laboral, e que o subsídio de apoio abranja todos os cuidadores independentemente dos recursos e idade da reforma.
Os dados mais recentes revelam que existem mais de 16 mil cuidadores com estatuto aprovado. No entanto, Liliana Gonçalves alerta que o número está muito aquém da realidade, “uma gota no oceano”.
“De 200 mil pessoas que terão pelo menos o acesso ao complemento de 1.º grau e 2.º grau, para além de pessoas com demência que temos em Portugal, nós estaremos sempre a falar de pelo menos 400 mil cuidadores a tempo inteiro e pelo menos 400 mil cuidadores que estarão a tempo parcial e a trabalhar”, revela.
A presidente da Associação Nacional dos Cuidadores Informais teme que se nada for feito pelos decisores políticos, os cuidadores informais deixem de existir e os problemas de saúde se agravem.
“Aquilo que vai acontecer com a população que cometemos com doenças crónicas e muito envelhecida, e falta de respostas em muitas áreas, nós vamos começar a ter populações muito mais vulneráveis, expostas a problemas de saúde mental, à sobrecarga e as saídas precoces do mercado de trabalho vão continuar a acontecer”, adverte.
Liliana Gonçalves pede “que haja uma vontade política para alterar situações de fundo na sociedade da qual os cuidadores informais fazem parte”.
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