
Governo anuncia auditoria ao INEM. Funcionamento e contas em causa
O Governo vai avançar com uma auditoria ao funcionamento e contas do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), anunciaram o Ministério da Saúde e Ministério das Finanças. A auditoria foi pedida à Inspeção-Geral de Finanças (IGF).
A auditoria vai incidir sobre “os anos decorridos desde 2021” e deverá ter a colaboração da Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) e da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS). O Governo indica que a auditoria pode “abranger períodos anteriores” caso seja necessário.
A inspeção da IGF deve abranger os domínios “organizacional, administrativo e financeiro”, nomeadamente sobre a “gestão e avaliação dos recursos humanos e da realização da despesa”.
No comunicado conjunto, os dois ministérios dizem que a posição do INEM como “organismo público central e crítico na prestação pronta e correta de cuidados de saúde” justifica “uma atenção e avaliação permanentes da sua organização e níveis de desempenho”.
“Tendo em conta o valor do bem em causa, assim como recentes dúvidas suscitadas sobre o funcionamento deste Instituto”, justificam os ministérios da Saúde e Finanças, “não se afigura suficiente uma mera análise da documentação genericamente disponibilizada no quadro da prestação de contas regular e legalmente estabelecida”.
Em dezembro, a IGAS concluiu uma auditoria, também pedida pela ministra da Saúde, em que critica a gestão do INEM, acusando o instituto de não ter uma estratégia para reter e atrair trabalhadores. A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde apontou ainda que o número de operadores dos Centros de Orientação de Doentes Urgente (CODU) é insuficiente, levando a elevados tempos de espera no atendimento das chamadas.
Além disso, a IGAS apurou que o INEM não foi transparente nos ajustes diretos dos contratos dos helicópteros, e levantou suspeitas de ilegalidades no exercício de cargos de direção intermédia em regime de substituição durante vários anos.
[notícia atualizada às 18h54]
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