Teriflunomida reduz eventos clínicos em síndrome radiologicamente isolada, revela estudo

Para adultos com síndrome radiologicamente isolada (RIS), a teriflunomida está associada à redução do primeiro evento clínico desmielinizante em comparação com o placebo, segundo estudo apresentado na reunião anual da Academia Americana de Neurologia, realizada de 22 a 27 de abril em Boston .

Christine Lebrun Frenay, MD, do Hospital Universitário de Nice, na França, e colegas designaram aleatoriamente 89 pacientes com RIS para teriflunomida ou placebo em um estudo de fase III. Os participantes foram submetidos a acompanhamento nas semanas 48 e 96.

Os pesquisadores detectaram 28 eventos clínicos durante o acompanhamento (20 com placebo; oito com teriflunomida). A superioridade da teriflunomida foi demonstrada em análises não ajustadas e ajustadas (razões de risco, 0,38 e 0,34, respectivamente). O braço da teriflunomida teve uma redução no número de pacientes com lesões de gadolínio+ e no número cumulativo de lesões T2 novas ou em crescimento, embora esses resultados não tenham sido estatisticamente significativos.

“Nossas descobertas sugerem que intervenção precoce com teriflunomida pode ser benéfico para aqueles diagnosticados com síndrome radiologicamente isolada, a fase pré-sintomática da esclerose múltipla”, disse Lebrun Frenay em um comunicado.

“No entanto, mais pesquisas são necessárias em grupos maiores de pessoas para confirmar nossas descobertas. Além disso, é importante que profissionais médicos são cautelosos ao usar a experiência em ressonância magnética para diagnosticar esta condição, selecionando apenas pacientes com risco de desenvolver esclerose múltipla e não aumentando os diagnósticos errados de ressonância magnética”.

O estudo foi financiado pela Sanofi, que fabrica a teriflunomida.

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