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Rocha tenta fugir à campanha “isolada”. IL não parte um ovo, mas quer estar no Governo

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Foi preciso uma semana de campanha para o presidente da Iniciativa Liberal (IL) garantir que vai contribuir para “uma solução governativa para o país”.

No final de uma visita à metalúrgica de Lourosa, em Santa Maria da Feira, Rui Rocha disse que vai ser “responsável” no dia depois das eleições, quando foi questionado pelos jornalistas se vai ou não participar numa coligação com a AD – uma pergunta que tem surgido diariamente na campanha da IL, tendo em conta que o líder dos liberais tem dito sempre que a coligação que terá “vai ser com os portugueses”.

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O liberal limpou agora o nevoeiro da resposta dada diariamente na campanha. Sem mencionar a coligação liderada por Luís Montenegro, o presidente da IL aproxima-se mais da AD ao clarificar que é a única opção com a qual se poderá entender. “Eu não me entendo com o Chega, nem com o PS porque têm propostas socialistas e dirigistas que vão trazer problemas ao país”, disse.

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Rui Rocha sublinha, até que a pergunta (sobre a coligação) “deve ser dirigida a outros [AD] se estão ou não disponíveis para a velocidade de transformação”.

O presidente da Iniciativa Liberal, que tem sido contido a falar sobre governabilidade e o que poderá acontecer depois de dia 18, tenta sempre sublinhar as prioridades e exigências que o partido tem para o país.

Ainda assim, já durante a manhã deste sexto dia de campanha, o líder dos liberais tinha dito que “quer contribuir para uma solução de centro-direita” mas com exigências. Sem se referir a “linhas vermelhas”, Rui Rocha – entrelinhas – tem dito que no caso de uma coligação colocará como exigências o alargamento do sistema de saúde (com o setor privado e social), a construção de mais habitação (com a redução do IVA) e a reforma do sistema eleitoral (com o círculo de compensação).

Há dois dias quando esteve em Braga, Rui Rocha já tinha dado provas da aproximação entre a AD e a IL, porque no fundo, num jantar na cidade dos Arcebispos, colocou promessas em cima da mesa iguais a medidas já pré-anunciadas pelo Governo da AD. No caso da saúde, por exemplo, questionado sobre as semelhanças entre as parcerias público-privadas decididas pelo executivo da AD e o modelo defendido pela IL, Rui Rocha acusa o Governo de “utilizar os ingredientes quando lhes dá jeito”.

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O silêncio do lado da AD tem feito com que o assunto (coligação: sim ou não?) esteja quase estagnado na mesma resposta. Enquanto isso, têm chegado à campanha da Iniciativa Liberal algumas acusações de outros partidos que – à semelhança de outras campanhas- Rui Rocha não quer alimentar chegando a afirmar: “Se Luís Montenegro votasse na IL é que eu me surpreenderia”.

Ao mesmo tempo, o presidente da Iniciativa Liberal começou a campanha a carregar nas críticas à esquerda, acusando Paulo Raimundo, do PCP; Mariana Mortágua, do Bloco de Esquerda; e Pedro Nuno Santos, do PS, de serem “iguais”. Considerando que nesta campanha a esquerda está com uma atitude de “derrotada”.

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Como é já característica do partido, a Iniciativa Liberal continua a insistir no contacto com os empresários. Em seis dias de campanha, Rui Rocha visitou quatro empresas desde grandes negócios a negócios artesanais – como esta sexta-feira numa loja de ovos de moles em Aveiro.

A grande novidade tem sido a tentativa do líder da IL em estar mais na rua com idas a uma feira, algumas arruadas, o habitual contacto noturno com estudantes e até um passeio de barco (que acabou impedido pela Polícia Marítima). No entanto, no contacto com a população há momentos em que se nota alguma dificuldade do presidente da Iniciativa Liberal em conversar com os eleitores – como aconteceu na feira em Viseu onde Rui Rocha e o partido ignoraram uma feirante que os chamava.

IL numa feira deserta, com farpas à AD e elogios a Passos Coelho

No interior do país, onde o partido esteve no início da semana, foi percetível que a Iniciativa Liberal ainda tem muito trabalho a fazer porque quase ninguém soube dizer o nome de Rui Rocha. Mas nos grandes centros urbanos e nos distritos ao pé do mar, o presidente da Iniciativa Liberal já começa a ser facilmente identificado sendo, claramente, mais popular entre os jovens.

O partido leva, aliás, já duas ações de campanha direcionadas apenas para os jovens e estudantes universitários tendo estado por duas vezes nesta primeira semana de campanha – em Braga e em Coimbra – a dar música e cerveja aos universitários. Alguns ficam algum tempo junto ao autocarro liberal, mas curiosamente, quando Rui Rocha assistiu a um arraial de tunas em Braga – assim que subiu ao palco afastou os estudantes do largo.

Ainda na procura pelos eleitores, Rui Rocha esteve no porto de pesca na Póvoa de Varzim – local de pescadores. Além da viagem de barco programada ter sido interrompida, o presidente da Iniciativa Liberal pouco comunicou com os homens que ao final da manhã ainda permaneciam no porto.

À pesca do voto, IL tem viagem de barco interrompida pela Polícia Marítima

A primeira semana termina com o líder da Iniciativa Liberal a procurar a conquista de votos no distrito de Aveiro, onde Mário Amorim Lopes (cabeça de lista da IL) concorre diretamente contra Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos.

Procurando o voto pela imagem, Rui Rocha esteve numa loja de ovos moles a seguir a receita do doce tradicional. No entanto, na divisão das tarefas, o presidente da IL não partiu nenhum ovo – eram 30 e foi Mário Amorim Lopes da separar todas as gemas das claras. Rui Rocha não partiu nenhum ovo, mas insistiu sempre com críticas à cor “laranja” das gemas. “Não dá para ficar azul?”, questionou.

O presidente da IL quer muito que o laranja (PSD) se torne azul (IL), mas continua sem respostas. Até ter uma, passou quase todos os dias de campanha a apelar ao voto no dia 18 e sobretudo no dia 11 – em que se vota antecipadamente.


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