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Unidade de consumo móvel já começou a operar em Campanhã e centro histórico do Porto

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A unidade de consumo móvel vigiado do Porto começou a funcionar, este sábado, nos territórios de Campanhã e do centro histórico, onde pretende chegar a 600 consumidores de substâncias injetáveis, avançou o Instituto dos Comportamentos Aditivos e Dependências (ICAD).

Em resposta à agência Lusa, o ICAD indicou que a carrinha começou a circular pelas 10h00 nas ruas do Porto.

Em 24 de janeiro, à margem da entrega das chaves da unidade móvel, o presidente do ICAD, João Goulão, afirmou que o diagnóstico apontava para “uma população alvo utilizadora de substâncias psicoativas ilícitas por via injetável estimada de 600 pessoas”.

A unidade móvel está a ser operacionalizada pelo SAOM — Serviços de Assistência Organizações de Maria e vai operar, numa primeira fase, na freguesia de Campanhã, junto aos bairros do Cerco e Lagarteiro, e no centro histórico do Porto.

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A carrinha, que permite apenas consumos por via injetável, vai funcionar oito horas por dia, “repartidas por períodos de duas horas”, indicou, na altura, João Goulão.

Câmara do Porto sela portões da Escola do Cerco por causa do consumo de droga

A unidade móvel pretende complementar a resposta da unidade amovível instalada desde agosto de 2022 na zona da Pasteleira.

À Lusa, o ICAD acrescentou que no primeiro ano de operação da sala amovível — entre agosto de 2022 e agosto de 2023 -, foram admitidos 1.040 utentes e retirados 90.895 consumos do espaço público.

A maioria dos utentes foram homens e tinham nacionalidade portuguesa, sendo que 66% das pessoas se encontrava em situação de sem-abrigo.

O projeto da unidade móvel corresponde à disponibilidade manifestada pela autarquia em agosto de 2023, depois de terem sido selados os portões da Escola Preparatória do Cerco, espaço em ruínas que pertence ao Ministério da Educação e que estava a ser usado como local de consumo e tráfico de droga.

Consumo de droga a céu aberto

No final de 2023, a gestão da sala de consumo vigiado no Porto foi adjudicada ao consórcio liderado pela Agência Piaget para o Desenvolvimento (APDES) pelo período de 24 meses, revelou o Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD), agora designado ICAD.

Com a atribuição da gestão ao consórcio, o programa de consumo vigiado deixou de ser um projeto-piloto e passou a ser uma resposta financiada pelo Ministério da Saúde, através do ICAD.

Instalada na conhecida como “Viela dos Mortos”, a sala de consumo amovível começou a funcionar em 24 de agosto de 2022, cerca de dois anos depois da aprovação do Programa de Consumo Vigiado, resultante da cooperação entre o município, o SICAD, o Instituto de Segurança Social e a Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-Norte).


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