PCP acusa Governo de não responder aos “interesses da maioria”
Paulo Raimundo, secretário-geral do PCP, abriu o ano de 2025 a manifestar discórdia pelo “rumo” tomado pelo Governo da AD e foi dizê-lo ao Palácio de Belém.
Depois de ser recebido pelo presidente da República, no Palácio de Belém, o líder comunista dirigiu-se aos jornalistas para criticar o executivo liderado por Luís Montenegro e as escolhas que tem feito.
“Não é um rumo que responda às necessidades da maioria. Resolve os interesses de um punhado de grupos económicos, é verdade, mas não responde aos interesses da maioria“, resumiu Paulo Raimundo.
O líder do PCP foi lembrando que há 2 milhões de pobres em Portugal e são registados 32 milhões de euros de lucros dos “grandes grupos económicos”, para sustentar as suas acusações.
Paulo Raimundo lamentou ainda o estado da Saúde em Portugal e fala mesmo num “desmantelamento do SNS” e acredita que a nova lei dos solos – que permite que sejam construídas casas em terrenos rústicos – não vai resolver o problema da habitação em Portugal.
O secretário-geral comunista reconhece que há “opiniões divergentes públicas e notórias” entre o PCP e o atual presidente da República, e assegura que a audiência desta quinta-feira não serviu para dissuadir Marcelo Rebelo de Sousa.
“Não tentámos convencer o presidente da República de nada, nem ele tentou convencer-nos a nós”, disse Paulo Raimundo, de boa-disposição.
O secretário-geral do PCP entrou no Palácio de Belém pouco depois das 17:00 desta quinta-feira e o encontro durou mais de uma hora e meia. Na comitiva dos comunistas, além de Paulo Raimundo, estavam presentes Paula Santos, líder parlamentar e Margarida Botelho, membro do Comité Central do PCP.
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