
Uma consulta e um pouco de conversa. Unidade de saúde móvel combate isolamento no Minho
Todas as quintas-feiras, às 9h30 da manhã, a carrinha da unidade móvel de saúde do Alto Minho está estacionada no largo da freguesia minhota de Dem, em Caminha.
Para Maria Alzira, de 73 anos, é uma estreia. Foi, esta quinta-feira, à consulta de enfermagem por indicação da filha. “Vim tirar a tensão”, explica. “Ouvi dizer que é isso que aqui se faz”, atira.
A alternativa seria o Centro de Saúde de Caminha, a 13 quilómetros da aldeia, mas a falta de transportes torna a deslocação “mais difícil”, admite.
“Não há camionetas nenhumas. Apenas há uma de oito em oito dias, às quartas-feiras. Mas, a gente não está doente só às quartas-feiras, não é?”, questiona Maria Alzira .
Já para António Pereirinha, a visita à unidade móvel de saúde tornou-se habitual. Veio fazer o “chek up” das quintas-feiras.
“Fui fazer exames. Vi a tensão e os diabetes”, conta o reformado, garantindo que “está tudo porreiro”.
“Se não fosse esta unidade móvel, onde é que ia para fazer este tipo de exame?”, pergunta. “Se calhar, não ia com tanta regularidade”, admite.
Entretanto, é Justina, de 88 anos, que acaba de ser atendida pela enfermeira Maria Goreti. Diz sair “satisfeita” da sua primeira consulta, mas confessa que o que mais gostou foi de “conversar”.
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