Quase 70% das vagas para contratar médicos de família ficaram por preencher
A ministra da Saúde tinha avisado que o concurso para a contratação de médicos de família para o Serviço Nacional de Saúde “não correu bem”. Agora, o jornal Público avança que dois terços das vagas ficaram por preencher.
Segundo dados provisórios da Administração Central do Sistema de Saúde, foram contratados 279 médicos de família, num concurso com 904 vagas (cerca de 30% de ocupação). O cenário está ainda sujeito a correções, mas a ACSS especifica que “no âmbito dos concursos de contratação de recém-especialistas promovidos pelas Unidades Locais de Saúde (ULS)”, foram “contratados 882 médicos, dos quais 260 da especialidade de Medicina Geral e Familiar”, faltando ainda concluir o concurso da unidade do Tâmega e Sousa.
Ao jornal, o vice-presidente da Associação Portuguesa de Medicina Geral Familiar, António Luz Pereira, lamenta que, embora este ano se tenham formado mais clínicos de família, o SNS não os tenha conseguido cativar.
Em outubro, a ministra da Saúde anunciou que a contratação de médicos voltaria a ser nacional, depois do Governo ter alterado as regras de contratação em junho, acabando com os concursos centralizados e permitindo que cada Unidade Local de Saúde realizasse os seus concursos, num total de 2.200 vagas autorizadas.
Em audição no Parlamento, Ana Paula Martins reconheceu que o concurso “não correu bem” e que as regras iam voltar a mudar, anunciando que no caso desta especialidade o concurso “vai voltar a ser nacional”.
No último concurso, lançado em dezembro do ano passado, só houve 143 candidatos às 924 vagas para médicos de família.
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