Protesto da CGTP no Porto. Manifestantes dizem que foi “atingido o limite”
Foram milhares as pessoas que se juntaram durante a manhã deste sábado, no centro do Porto, em luta por melhores salários e pensões, numa manifestação nacional convocada pela Confederação Sindical dos Trabalhadores Portugueses (CGTP).
Segundo as autoridades, às 10h00 estavam já mais de mil pessoas concentradas na Praça da República, que chegaram de vários pontos do país, como foi possível constatar pelos vários autocarros estacionados no local.
À Renascença, Alcino Nunes, manifestante, diz que esta mobilização deve-se ao “aprofundamento das desigualdades sociais do país” que “atingiu o limite”.
“É escandaloso que haja salários cada vez mais precarizados, uma faixa imensa da população com pensões completamente de miséria. É intolerável que o governo continue nesta senda, aprovando um Orçamento de Estado que privilegia as empresas em vez de investir na saúde e na educação”, criticou o homem de 67 anos.
O protesto durou pouco mais de meia hora e terminou com uma espécie de comício em frente ao edifício da Reitoria da Universidade do Porto.
Desta moldura humana fizeram parte muitos jovens, entre os quais Mafalda Ramos, de 27 anos, que justificou a presença das camadas jovens neste protesto devido à “desvalorização dos seus trabalhos e carreiras”.
“Cada vez trabalhamos mais, com menos condições. O custo de vida aumenta e os salários não servem para colmatar essa subida. A habitação está a preços altos e os jovens não conseguem emancipar-se. Esta adesão é um reflexo do descontentamento das pessoas que querem lutar por melhores condições de vida”, refere.
Com o protesto desmobilizado a Norte, as atenções passam para Lisboa. Às 15h00 tem início uma nova marcha no Cais do Sodré em direção à Praça dos Restauradores.
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