INEM assina acordo com bombeiros para transporte de doentes urgentes
O INEM vai assinar, até fevereiro, acordo com as associações humanitárias de bombeiros, com as regras de transporte de doentes urgentes. O presidente da Liga de Bombeiros Portugueses, diz que este é um acordo-chapéu que vai englobar dezenas de associações.
António Nunes diz que este acordo “é melhor porque, desde logo, esclarece um conjunto de dúvidas sobre a questão das ambulâncias, sobre a questão daquilo que são as ambulâncias adicionais, sobre os valores que devem ser atualizados anualmente”.
“Vamos tentar encontrar uma forma que seja automatizada e não andarmos todos os anos a discutir este assunto”, apontou o presidente da Liga, descrevendo que “tudo isso está vertido na reunião que tivemos com o acordo das duas partes” e que acredita que “vamos encontrar a solução para o cidadão”.
“Quer os bombeiros e o INEM têm de trabalhar sempre com um fim, e o fim é servir melhor o cidadão que precisa de transporte urgente ou emergente para os hospitais”, declarou António Nunes.
Os dirigentes da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) e do INEM estiveram reunidos esta sexta-feira de manhã na sede do Instituto Nacional de Emergência Médica, em Lisboa, para discutir os critérios de seleção dos locais onde serão ativadas as novas equipas.
Em agosto, a LBP anunciou que o protocolo de cooperação assinado com o INEM em 2021 havia chegado ao fim “sem qualquer acordo ou conversações”.
Na quinta-feira, o jornal “Público” noticiou que o Ministério da Saúde decidiu criar um Dispositivo Especial de Emergência Pré-Hospitalar, que pode ter até 100 equipas dos bombeiros, para funcionar entre dezembro e fevereiro do próximo ano, reforçando a resposta durante o pico da gripe.
Este dispositivo pode chegar até às 100 ambulâncias de emergência, que serão garantidas pelas corporações de bombeiros, assim como os recursos humanos, e financiadas pelo INEM.
De acordo com um despacho do Ministério da Saúde ainda a ser publicado em Diário da República e citado pelo jornal Público, estas equipas podem ser criadas entre 01 de dezembro e 28 de fevereiro de 2025, período durante o qual o aumento de casos de gripe faz crescer a pressão sobre as urgências hospitalares.
Caberá ao INEM definir o número de equipas a constituir e o período de funcionamento de cada uma, em função das “necessidades expectáveis” e das “eventuais dificuldades operacionais acrescidas que se possam verificar em determinadas áreas geográficas”.
É também o INEM que irá pagar mensalmente às associações de bombeiros o valor diário de 247 euros por equipa, que deve funcionar 24 horas por dia, escreve o jornal, não explicando se os elementos dos bombeiros terão de receber formação extra e por quem será ministrada.
À Liga dos Bombeiros compete solicitar aos corpos de bombeiros voluntários que participem neste dispositivo.
A criação de cada equipa “implica a afetação permanente, 24 horas por dia, de uma ambulância de emergência”, adicionais às ambulâncias adstritas aos Postos de Emergência Médica ou Postos de Reserva.
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