Antes de Trump regressar à Casa Branca
Dois meses antes de Trump tomar posse de Presidente dos EUA, o seu antecessor J. Biden acedeu a um pedido há muito apresentado pela Ucrânia: autorizou que as forças ucranianas usem mísseis americanos de longo alcance visando alvos em território russo. A Ucrânia lançou seis destes mísseis, cinco dos quais foram derrubados e um foi danificado. A Rússia voltou a ameaçar com um possível recurso a armas nucleares.
Há muito que Zelensky pressionava Washington para permitir que mísseis fabricados nos EUA pudessem atingir alvos em território da Rússia. A hesitação americana tinha a ver com o receio de uma reação musculada de Moscovo. O que é que mudou?
Várias coisas. Nesta altura estão a combater os ucranianos, ao lado dos militares russos, milhares de soldados e oficiais da Coreia do Norte. A Rússia internacionalizou, assim, a guerra contra a Ucrânia. Aguarda-se uma forte ofensiva russa e norte-coreana. Aliás, os ataques da Rússia contra infraestruturas de energia ucranianas do passado fim de semana foram dos mais violentos desde o Verão. É uma maneira de semear o desânimo entre a população da Ucrânia
Acresce que o Presidente Joe Biden não ignora que Trump toma posse a 20 de Janeiro e que este seu sucessor não é propriamente um entusiasta do apoio à Ucrânia. Antes de ele entrar de novo para Casa Branca, Biden quis marcar uma posição.
Entretanto Trump prossegue a nomeação dos seus principais colaboradores. Agora foi nomeado para secretário (ministro) da Energia um empresário do setor do petróleo, Chris Wright, defensor do uso sem limites de combustíveis fósseis e um negacionista das alterações climáticas. Antes tinha sido nomeado secretário da Saúde Robert Kennedy Jr., um adversário das vacinas e promotor de teorias da conspiração.
Se agora já existe abundante matéria para Trump nos surpreender, o que acontecerá quando ele for de novo Presidente… Estamos a iniciar a tomada de contacto com o mundo de Trump.
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