Os pesquisadores integram múltiplos marcadores proteicos para prever resultados de saúde em indivíduos com doença renal crônica

Esforços anteriores para identificar novos biomarcadores renais como fatores de risco para a progressão da doença renal crônica (DRC) normalmente avaliaram as proteínas individualmente, o que limita seu poder prognóstico.

O Consórcio de Biomarcadores de CKD do Instituto Nacional de Diabetes e Doenças Digestivas e Renais (NIDDK) desenvolveu e testou recentemente novas dimensões da saúde renal, combinando um conjunto de 17 biomarcadores de urina e plasma que foram individualmente associados à progressão da DRC.

A pesquisa foi apresentada na ASN Kidney Week 2024, de 23 a 27 de outubro.

A equipe testou esses biomarcadores em amostras armazenadas retiradas de 1.256 participantes de duas coortes – o estudo NIDDK Chronic Renal Insufficiency Cohort (CRIC) e REasons for Geographic And Racial Differences in Stroke (REGARDS) – que tinham diabetes e DRC (definida como uma estimativa taxa de filtração glomerular < 60 ml/min/1,73m²).

Foram derivadas três dimensões de saúde compreendendo 10 biomarcadores: inflamação sistêmica e filtração (plasma TNFR-1, TNFR-2, suPAR, SDMA), função tubular (urina EGF, ADMA, SDMA) e dano tubular (urina α1m, KIM-1, MCP-1).

Cada uma dessas dimensões de saúde foi associada à progressão ou mortalidade da DRC, independentemente dos fatores de risco clínicos e de outras medidas da função renal. Notavelmente, maiores danos tubulares e menores escores de função tubular foram associados a maior risco de progressão da DRC em apenas um estudo, enquanto maiores escores de inflamação sistêmica e filtração renal foram associados a um maior risco de mortalidade em ambos os estudos.

“Essas descobertas sugerem que uma abordagem multibiomarcadores poderia ajudar a esclarecer a ampla variação nas trajetórias de progressão da DRC entre pessoas com diabetes, capturando simultaneamente informações sobre os compartimentos glomerulares e tubulointersticiais do rim”, disse a autora correspondente Vanessa-Giselle Peschard, MD, da UCSF. .

“Mais pesquisas serão necessárias para determinar se essas dimensões da saúde renal poderiam oferecer valor prognóstico para pacientes individuais ou poderiam ser usadas para monitorar a resposta a medicamentos que afetam a saúde renal”.