Duloxetina pode ajudar idosos com depressão e comprometimento cognitivo

O Instituto Karolinska descobriu que um antidepressivo já registrado, a duloxetina, também pode ter efeitos positivos na memória e nas funções cognitivas em idosos.

Um novo estudo publicado na revista ACS Ômega mostra que a duloxetina, além de tratar a depressão, também inibe uma enzima envolvida na regulação do sistema nervoso que afeta a memória e a cognição. Isso poderia potencialmente prevenir o desenvolvimento de doenças demenciais, especialmente a doença de Alzheimer.

“Tanto a depressão quanto o comprometimento cognitivo frequentemente ocorrem simultaneamente em indivíduos idosos, particularmente aqueles nos estágios iniciais de uma doença demencial”, diz Taher Darreh-Shori, Docente e Pesquisador Sênior do Departamento de Neurobiologia, Ciências do Cuidado e Sociedade. “A descoberta de que a duloxetina pode ter um efeito duplo é muito promissora.”

“Esta foi uma descoberta inesperada junto com nossa pesquisa principal”, diz Taher Darreh-Shori. “Esperamos conduzir um estudo clínico em pacientes nos estágios iniciais da doença de Alzheimer.”

Os resultados são importantes porque atualmente não há medicamentos que curem doenças demenciais. O fato de um medicamento já registrado poder ajudar tanto na depressão quanto no comprometimento cognitivo pode ser apreciado tanto pela comunidade médica quanto por associações de idosos.