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Os Núcleos de Enfermeiros de Reabilitação (NER)

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Octávio Ferreira: Enfermeiro de Reabilitação e Coordenador do GTI-NER; Associação Portuguesa dos Enfermeiros de Reabilitação

Os Núcleos de Enfermeiros de Reabilitação (NER), são um espaço de congregação de Enfermeiros Especialistas de Enfermagem de Reabilitação (EEER), com um regulamento próprio, organizados e alinhados com a Missão, Visão e Valores da Instituição. A sua actividade deve ser orientada pelos vectores das boas práticas, da formação, da investigação e da assessoria na gestão.

Em 2008, a Associação Portuguesa de Enfermeiros de Reabilitação (APER) iniciou um processo de promoção, criação e divulgação de NER a nível nacional, que foi sendo construído em proximidade com os enfermeiros de reabilitação de cada instituição. Apesar do ritmo e da implementação não ser igual em todo o País, progressivamente estes aspectos foram paulatinamente ultrapassados pelas orientações, acompanhamento e lobbying da APER, assim como pelo benchmarking entre os vários NER que desde então têm sido constituídos.

De forma a consolidar esta aposta estratégica, a APER decidiu pela formalização de um Grupo de Trabalho e Interesse (GTI) que faculte a informação de suporte e a assessoria necessária aos associados que manifestem interesse em desenvolver/implementar um NER na sua instituição, disponibilizando-se inclusivamente para mediar este processo junto das direcções de enfermagem/conselhos de administração.

O significativo número de NER existentes actualmente e a reorganização das instituições em Unidades Locais de Saúde (ULS), levou à realização no passado dia 24 de fevereiro, em Espinho, do Encontro Nacional de Núcleos de Enfermeiros de Reabilitação (1º ENNER). Encontro esgotado, em que estiveram presentes cerca de 130 participantes, representando 30 das 39 ULS, o sector social com o Centro de Medicina de Reabilitação do Alcoitão e o Hospital da Prelada, os três polos do Instituto Português de Oncologia (Lisboa, Porto e Coimbra), dois Enfermeiros Directores e um representante da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra.

As principais conclusões foram:

  • O papel preponderante dos NER como facilitadores da acreditação dos contextos da prática clinica de enfermagem de reabilitação e da qualidade dos cuidados prestados;
  • Os Planos de Actividades espelham a proactividade, o envolvimento e o dinamismo de um NER;
  • A investigação como motor de desenvolvimento e ferramenta para fundamentar a prática baseada na evidência científica.
  • A importância da aposta no intercâmbio com a academia;
  • Dotações seguras, promoção de evidência científica, gestão dos cuidados especializados são benefícios da idoneidade formativa e da creditação dos contextos.
  • A nova organização dos cuidados de saúde em ULS como uma oportunidade para a formalização dos NER, (propondo a quando da consulta pública do regulamento interno das ULS, a sua inclusão nas Comissões de Apoio Permanente/Comissões de Apoio Técnico).

É incontornável o impacto positivo para as instituições que os NER têm proporcionado ao longo destes anos, na organização e resposta de cuidados de reabilitação aos utentes, no desenvolvimento técnico científico dos EEER, através de formações diferenciadas, na produção de evidência científica com a investigação, nos pareceres emitidos para uniformização de normas e procedimentos, como elemento de suporte/consultadoria da organização no âmbito dos cuidados de reabilitação e na consequente visibilidade social para as Instituições.

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