Enfermeiros do SNS não chegam para postos de vacinação em massa
De modo a alcançar o objetivo proposto, a task force espera ter mais de 150 centros de vacinação em massa em todo o país já no próximo mês de abril, altura em que é expectável que comecem a chegar mais vacinas a Portugal.
Com a garantia da chegada de novas vacinas em grande quantidade, a task force espera que sejam vacinadas mais de 60 mil pessoas por dia em abril e mais de 100 mil em maio e junho.
Contudo, as autarquias dos concelhos com mais população alertam que não existem enfermeiros suficientes no Serviço Nacional de Saúde (SNS) para dar resposta a estes objetivos, avança o jornal Público.
Ainda assim, as autarquias têm respondido ao apelo da task force e têm aberto mais postos de vacinação.
Lisboa, Cascais, Loures, Sintra, Porto e Gaia, os concelhos mais populosos do país, apesar de terem as condições logísticas para abrir os centos de vacinação, deparam-se com o problema da falta de profissionais de saúde suficientes para dar resposta à próxima fase do processo de vacinação.
Segundo o Público, Gaia e Loures já têm disponível um posto de vacinação e preparam-se para abrir outro no próximo mês.
Em Cascais, há dois postos de vacinação operacionais e serão abertos mais dois em abril, enquanto Sintra tem cinco postos de vacinação e prevê abrir mais um.
Já em Lisboa existem 11 postos extraordinários de vacinação a funcionar.
No Porto, além de estarem disponíveis duas escolas e uma tenda de recobro ao agrupamento de centros de saúde, a autarquia quer apostar num centro de vacinação em drive thru, isto é, sem que as pessoas necessitem de sair dos carros para receberam a vacina.
Sem recursos humanos, as autarquias tentam contornar o problema contratando enfermeiros a nível excecional, mas a task force está a estudar a possibilidade de integrar as farmácias e os farmacêuticos no processo.
De acordo com a Ordem dos Enfermeiros, em Portugal, existem quatro mil farmacêuticos com competência para vacinar.
De recordar que as normas da Direção-Geral da Saúde obrigam a que, além dos enfermeiros que vacinam e dos administrativos que fazem as convocatórias e os agendamentos, esteja sempre presente um médico para atuar caso surjam reações adversas, nomeadamente choques anafiláticos.
Ana Isabel Moura, ZAP //