
Abordagem à Sépsis no Adulto – Norma da DGS
Havendo atualmente evidência científica de que uma intervenção precoce e adequada, tanto em termos de terapêutica anti-infeciosa como de suporte hemodinâmico, pode melhorar significativamente o prognóstico das pessoas com sépsis grave e choque séptico , é imperativa a implementação de mecanismos organizacionais que permitam a rápida identificação e instituição de terapêutica otimizada em pessoas nesta condição clínica.
Dados publicados na Europa e nos Estados Unidos da América (EUA) na última década indicam que a sépsis representa um grave problema de saúde pública, comparável na sua incidência ao acidente vascular cerebral (AVC), ao enfarte agudo do miocárdio (EAM), ao tumor colorretal e ao tumor da mama
O aumento de incidência determinou o aumento do número de mortos por sépsis nos últimos anos, que é atualmente comparável à mortalidade por AVC e por EAM .
Dados Nacionais recentes permitem assumir que o mesmo sucede em Portugal. Se bem que alguma recente evidência sugira que a magnitude desta tendência possa estar sobreavaliada , a verdade é que mesmo com estimativas mais conservadoras (34) o aumento da incidência continua a sobrepor-se à diminuição da mortalidade, condicionando uma elevação sustentada do número de mortes por esta síndrome.
. Este aumento de incidência pode explicar-se pelo envelhecimento da população, pela maior longevidade de pessoas crónicos, pela crescente incidência de imunossupressão e num recurso crescente a técnicas invasivas.
A gravidade dos casos de sépsis parece estar também a aumentar, sendo maior o número de pessoas que se apresentam com falência de um ou mais órgãos e sistemas.
Neste sentido, a Direcção-Geral da Saúde, no uso das suas competências técnico-normativas, e através da tradução e adaptação das orientações existentes a nível nacional e internacional, validadas por um grupo de peritos, determinou, por recomendação do Departamento da Qualidade na Saúde, a criação a nível nacional da VVS, pela Circular Normativa n.º 01/DQS/DQCO de 06/01/2010 que agora se revê em formato de Norma. B.
Fonte: DGS