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Aperto do cerco a não vacinados na Europa faz disparar contestação

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Bloqueios, testes negativos, certificados. As obrigatoriedades para vive e circula no continente europeu ganham um peso cada vez maior. Um movimento que está a gerar uma revolta e insatisfação crescente. Exemplos não faltam, como conta à CNN o suíço Nicolas Rimoldi, que se fartou do que estava a acontecer no seu país.

À frente do Mass-Voll, um dos maiores grupos anti vacinação, muito popular entre os mais novos, explica: como optou por não se vacinar, agora está impedido de aceder a boa parte dos locais públicos. Não pode completar a licenciatura ou trabalhar sequer numa mercearia. E está impedido de comer em restaurantes, assistir a concertos ou sequer ir ao ginásio. “Pessoas como eu estão a ser literalmente excluídas. É como se fossemos humanos menos valiosos”.

Não é caso único. À medida que a pandemia se faz sentir com força neste seu terceiro inverno, e agora alimentada por uma variante mais infeciosa, os governos têm optado cada vez mais por impor medidas restritivas a quem não aderir à vacinação, considerando que esta é a melhor arma de combate ao vírus. Disponíveis há pouco mais de um ano, as vacinas são consideradas uma das armas mais poderosas para controlar o vírus. Mas nem todos aderiram ao procedimento, de forma voluntária. Na tentativa quase desesperada de os convencer, a opção foi tornar-lhes a vida mais difícil. Ou, como sublinhou recentemente Olaf Scholz, o novo chanceler alemão: “não permitiremos que uma minúscula minoria de extremistas malucos imponha a sua vontade a toda a nossa sociedade”. Visava, claro está, as franjas violentas do movimento anti vacinas.

Liberdades de uns e de outros

A verdade é que há já vários meses que os certificados digitais estão em vigor para conseguir entrar em hotéis e no alojamento local. Mas o aumento das infeções, provocadas por variantes mais contagiosas, como é o caso da Ómicron, levaram os governos a reforçar as medidas de proteção contra a Covid-19. A primeira a impor o primeiro bloqueio aos não vacinados foi a Áustria, que prevê tornar as vacinas obrigatórias a partir de 1 de fevereiro. Na Alemanha, os não vacinados estão igualmente impedidos de aceder a uma série de locais públicos. Mais recentemente, o presidente francês, Emmanuel Macron, assumiu mesmo a sua vontade de “irritar” os não vacinados. “Vamos continuar a fazê-lo. Essa é a estratégia”.

São medidas que, justificam, assentam numa base científica, já que ficou provado que as vacinas reduzem a transmissão, diminuem substancialmente a probabilidade de desenvolver doença grave e a carga sobre os sistemas de saúde, tão massacrados em vagas anteriores. Além disso, muitas destas medidas têm também um forte apoio público, uma vez que os vacinados estão igualmente cansados de não conseguirem voltar à sua vida normal.

“Há pessoas com uma ideia muito distorcida do que é a liberdade”, disse Suzanne Suggs, professora num instituto de saúde pública da Universidade de Lugano, na Suíça. “Estão a argumentar que é seu direito prejudicar os outros”. Martin McKee, professor de saúde pública europeia na London School of Hygiene and Tropical Medicine, está do seu lado: “Uma grande maioria apoia as medidas que forem necessárias para combater a Covid. As pessoas que não se vacinaram são a exceção”. Sobretudo na Europa, onde o acesso às vacinas, ao contrário das zonas mais pobres do mundo, é abundante – mas Rimoldi insiste que não baixará os braços. “Nas nossas manifestações há muita gente totalmente vacinada. A questão é que o governo nos mentiu. Porque disse que a vacinação significaria o fim das restrições. E isso não está a acontecer”.

 




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