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Greve na saúde fecha serviços e adia cirurgias, consultas e exames

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Cirurgias e exames adiados, consultas e serviços encerrados são resultado da greve de hoje dos trabalhadores de saúde, que no período da noite registou uma adesão a rondar os 80%, disse à Lusa uma dirigente sindical.

A greve foi convocada pela Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (Fesinap) e está incluída na greve geral de trabalhadores da administração pública.

Fazendo um ponto da situação às 09:00 de hoje em frente ao Hospital Santa Maria, em Lisboa, Elisabete Gonçalves, da comissão executiva da Fesinap, adiantou que o impacto da paralisação vai sentir-se “a partir de agora” com o encerramento de serviços e cuidados de saúde, como cirurgias e exames, adiados.

“Já começamos a receber dados nesse sentido. Ou seja, já temos consultas encerradas, como é o caso no Hospital de Santa Maria e em Faro e noutros hospitais da região Metropolitana de Lisboa começam também a surgir dados do encerramento de consultas e a não realização de exames e de cirurgias programadas”, disse a dirigente sindical à Lusa.

Sobre a adesão à greve, entre as 00:00 e as 08:00 de hoje, Elisabete Gonçalves indicou que na área Metropolitana de Lisboa rondou os 85%, no Norte os 90% e no Centro os 80%.

No sul do país (Algarve, Beja e Portalegre), rondou os 75% a 80%, referiu, rematando que, “até ao momento, tem sido uma boa adesão à greve”.

O coordenador da federação, Sebastião Santana, acrescentou que a paralisação durante a noite e madrugada deixou “a esmagadora maioria dos hospitais do país a funcionar apenas com serviços mínimos” e que ao início do turno da manhã também há “muitas consultas externas fechadas e muitos serviços a continuar a prestar apenas os serviços mínimos”.

A greve da Fesinap convocou “todos os trabalhadores da saúde, à exceção dos médicos e enfermeiros que têm estruturas sindicais próprias”, disse, acrescentando que a “fortíssima adesão” à paralisação resulta “da identificação dos trabalhadores com as reivindicações que estão em causa”.

“Há um grande conjunto de trabalhadores cujas profissões as pessoas muitas vezes nem sequer identificam, mas que asseguram [o funcionamento do SNS] e a prova disso é que quando não vêm trabalhar, o que está a acontecer hoje, há perturbações nos serviços”, salientou.

Para Sebastião Santana, “é muito importante” que o Governo olhe para estes trabalhadores e os valorize.

O sindicato defende “uma valorização de todas as carreiras, de todos os salários, e também um reforço do Serviço Nacional de Saúde”, a que o orçamento de Estado “não dá expressão”, disse à Lusa.

Para Sebastião Santana, não é aceitável que dos 17 mil milhões de euros que estão no orçamento para o Serviço Nacional de Saúde, “quase metade vai direito para o setor privado”.

“Com a degradação do Serviço Nacional de Saúde foram sendo externalizados serviços e logo a seguir vimo-nos queixar que não temos um Serviço Nacional de Saúde tão robusto como deveríamos ter. Pois, é natural a manter-se estas políticas é precisamente o que acontece e também hoje os trabalhadores estão em luta contra isso”, criticou.

Os trabalhadores do setor da saúde reivindicam a abertura dos processos negociais, contratação de mais trabalhadores e valorização profissional.

LUSA/HN

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