Secretária de Estado da Gestão da Saúde anuncia, na III Convenção Internacional dos Enfermeiros, medidas para melhorar condições laborais e travar saída de profissionais para o estrangeiro
O Governo português comprometeu-se a implementar medidas para travar o crescente número de pedidos de declaração para emigração dos enfermeiros. O anúncio foi feito por Cristina Vaz Tomé, Secretária de Estado da Gestão da Saúde, durante a cerimónia de encerramento da III Convenção Internacional dos Enfermeiros, que decorreu em Fátima.
O evento, que reuniu mais de 2.500 participantes nacionais e internacionais sob o mote “Tempo de Respostas”, terminou com a promessa governamental de alterar o atual paradigma do setor. O Executivo pretende oferecer melhores condições de trabalho, com especial atenção aos jovens em início de carreira.
No segundo dia da Convenção, a Secretária de Estado da Saúde, Ana Povo, já havia manifestado o empenho do Ministério em valorizar a carreira dos enfermeiros portugueses. Entre as principais preocupações a resolver, destacou a falta de recursos, a sobrecarga de trabalho e a subutilização das competências de enfermagem, tendo ainda mencionado a possibilidade de ampliar o âmbito da prática profissional.
O Bastonário da Ordem dos Enfermeiros, Luís Filipe Barreira, recebeu positivamente as intenções do Governo, mas sublinhou a necessidade de um compromisso concreto e efetivo. Durante a sua intervenção, enfatizou a importância do diálogo entre decisores políticos e representantes da classe, apelando ao reconhecimento público do setor e à criação de condições de trabalho dignas.
A III Convenção Internacional dos Enfermeiros foi considerada um “verdadeiro sucesso” pelo Bastonário, que destacou a identificação de soluções concretas para os desafios da profissão. O evento encerrou com um compromisso de transformar as propostas apresentadas em medidas efetivas, visando a melhoria das condições laborais e a fixação dos profissionais em Portugal.
Esta iniciativa surge num momento crucial para a enfermagem portuguesa, marcado pelo aumento significativo de profissionais que procuram oportunidades no estrangeiro, um fenómeno que tem vindo a preocupar tanto a Ordem dos Enfermeiros como as autoridades de saúde, face à necessidade crescente destes profissionais no sistema nacional de saúde.
PR/HN/MMM
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