Manifestação Nacional de 9 de novembro, em Lisboa ou no Porto


9 de novembro, 10 horas no Porto e 15 horas em Lisboa, também nós enfermeiros vamos exigir o aumento dos salários, defender os serviços públicos e as funções sociais do Estado | Resolver os problemas do País.
Na Manifestação Nacional de 9 de novembro exigimos respostas aos graves problemas que afetam os trabalhadores, os jovens, os reformados e o país.
A situação do país continua marcada pelo agravamento das condições de vida da maioria da população, fruto dos baixos salários e reformas e do aumento do custo de vida, onde os custos com a habitação e a alimentação assumem um peso esmagador. Ao mesmo tempo, os grandes grupos económicos acumulam cada vez mais riqueza à custa da exploração.
Esta manifestação que acontece em Lisboa e no Porto é também para os enfermeiros.
A proposta apresentada pelo Ministério da Saúde e que está em audição pública deve ser valorizada, mas é insuficiente (análise e a nossa proposta em www.sep.org.pt).
As carreiras profissionais são instrumentos que garantem, ao longo da vida profissional, o aumento do valor do trabalho decorrente do aumento das competências, da responsabilidade, do trabalho especializado e da importância da função gestão na organização dos nossos serviços de saúde.
As carreiras, e também a carreira de enfermagem, não devem servir como “moeda de troca” de aumentos salariais anuais que deveriam repor o poder de compra perdido e garantir que, no final do mês, sobra dinheiro.
E, não podemos aceitar que este governo se prepare para voltar às parcerias público privadas na saúde entregando de “mão beijada” a gestão clínica aos parceiros privados. Todos os profissionais, incluindo os enfermeiros, que exerceram nos hospitais de Braga, Vila Franca e Loures conhecem bem essa realidade de mais horas de trabalho para menos dinheiro e de quase nenhuma valorização salarial, ao longo dos anos.
É este patronato, consciente de um favorecimento crescente expresso, por exemplo, nos “acordos” assinados pelo governo e lhes garante mais e maiores benefícios fiscais, que continuam a atacar os direitos e a contratação coletiva, bloqueia as negociações, promove a estagnação e desvalorização dos salários sempre em busca de mais lucro.
O aprofundamento da política de direita, levada a cabo pelo governo PSD/CDS, leva mais longe o favorecimento descarado do grande capital, abrindo caminho para o aumento da exploração e o retrocesso de direitos.
A proposta de Orçamento do Estado para 2025 (OE) apresentada pelo governo, está subordinada às imposições da União Europeia fragiliza a prestação pública em áreas como o SNS, a Escola Pública, a Proteção Social, os Transportes, a Administração Local e Regional, a Cultura, a Justiça e a Habitação, privilegiando o sector privado e abrindo caminho para transformar direitos sociais dos trabalhadores e restante população em oportunidades de negócio para os grupos económicos e financeiros.
No que diz respeito aos trabalhadores da Administração Pública (AP) mantém-se a desvalorização do seu trabalho, com implicações diretas nas suas condições de vida e na própria garantia dos direitos que os grupos económicos pretendem transformar em negócio.
Participa na Manifestação Nacional de 9 de novembro, em Lisboa ou no Porto.