
Técnicos do INEM dizem que sempre estiveram “na linha da frente”
Os técnicos de Emergência Pré-Hospitalar respondem a críticas do presidente do INEM e defendem que sempre atuaram na linha da frente, alertando que ignorar estes profissionais é “desperdiçar conhecimento”.
Numa carta aberta divulgada nas redes sociais, os técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (TEPH) respondem a Luis Cabral, que no fim de semana, em entrevista ao Público, criticou a postura dos técnicos durante a greve de 2024, classificando-a como de “vertente ética e deontológica gravíssima”. Os profissionais lembram que os problemas não resultaram de falhas suas, mas de limites atingidos no trabalho extraordinário. A paralisação incidiu apenas sobre o trabalho suplementar/horas extraordinárias e foi comunicada ao INEM com pré-aviso, enquanto outras greves gerais da administração pública não seguiram os canais formais, dificultando a definição de serviços mínimos.
O Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (STEPH) acusa o presidente do INEM de procurar um “bode expiatório” e anunciou que o departamento jurídico está a analisar eventuais medidas legais para defender os trabalhadores. Os TEPH sublinham que são profissionais de saúde altamente qualificados, atuando frequentemente em contextos de grande pressão e risco, colmatando falhas estruturais do sistema há anos.
Na carta aberta, os técnicos reforçam que ajudaram a moldar o sistema pré-hospitalar, garantindo respostas em milhares de ocorrências e estabilizando doentes antes da chegada aos hospitais. Garantem que representam cerca de 70% da força operacional do INEM e que valorizar e ouvir estes profissionais é essencial para um instituto mais forte e preparado para o futuro.
Luis Cabral, na entrevista, anunciou mudanças na gestão das centrais do INEM, incluindo a introdução de um sistema de triagem semelhante ao dos hospitais, atribuindo aos técnicos a gestão dos meios de emergência e aos enfermeiros o atendimento das chamadas.
LUSA/SO
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