
Depois da greve geral… Função Pública volta a parar esta sexta-feira: educação e saúde entre os setores mais afetados
A semana termina sob forte pressão laboral, com duas paralisações consecutivas a atingirem a Administração Pública e o setor da Saúde. A greve geral convocada pela CGTP e pela UGT para esta quinta-feira, 11 de dezembro, registou forte adesão mas, para esta sexta-feira, uma nova paralisação decretada pelo Sindicato Independente dos Trabalhadores dos Organismos Públicos e Apoio Social (SITOPAS) e uma greve nacional de enfermagem convocada pelo Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (Sindepor) poderão agravar perturbações no funcionamento de escolas, organismos públicos e serviços clínicos.
A greve geral de quinta-feira, recorde-se, foi a primeira convocada em conjunto pelas duas centrais sindicais desde 2013 e decorre em resposta ao anteprojeto “Trabalho XXI”, que os sindicatos consideram representar um retrocesso nos direitos laborais. A paralisação durou 24 horas e mobilizou milhares de trabalhadores de múltiplos setores, com forte impacto esperado na educação, na administração direta e indireta do Estado e em vários serviços essenciais.
Sexta-feira mantém pressão com nova greve na Administração Pública e paralisação de enfermeiros
O SITOPAS decretou greve para os dias 11 e 12 de dezembro, das 00h00 às 24h00, abrangendo trabalhadores da Administração Pública Central, Regional e Local, independentemente do vínculo laboral, com exceção dos profissionais das Unidades Locais de Saúde, EPE. O pré-aviso levou já vários agrupamentos de escolas a alertarem encarregados de educação para a possibilidade de encerramento esta sexta-feira, por falta de condições de segurança e de recursos humanos. Alguns estabelecimentos indicaram ainda que, mesmo em caso de abertura, não haverá serviço de bar ou refeitório.
“Tínhamos prevista uma greve de dois dias, entretanto veio a greve geral, e foi o calendário que arranjámos”, explicou Jaime Santos, presidente do SITOPAS, ao jornal ‘PÚBLICO’ recusando qualquer influência partidária nessa data: “Não temos nada que ver com a política, não pertencemos a nenhuma organização partidária”, garantiu. Além da contestação à reforma laboral, as reivindicações passam pela redução da idade da reforma para 62 anos e 36 anos de descontos.






