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Adesão “muito elevada”: greve geral trava serviços essenciais. Veja a lista da CGTP

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A primeira greve geral em 12 anos — convocada em conjunto pela CGTP e pela UGT — está esta quinta-feira a provocar uma paralisação expressiva em setores essenciais, segundo os números divulgados pelos sindicatos. Lisboa e Porto amanheceram com muito pouco movimento, quase em ambiente de feriado, enquanto serviços municipais, hospitais, transportes e grandes unidades industriais registam adesões muito elevadas. A listagem da CGTP, atualizada às 05h30, confirma dezenas de serviços encerrados e múltiplas operações completamente paradas. Mas ainda não tinha, por exemplo escolas.

A central sindical garante que a adesão está a superar as expectativas nos setores estratégicos. Com as duas maiores cidades do país anormalmente silenciosas e vários serviços públicos e privados a funcionar de forma muito limitada, Portugal vive hoje uma das mobilizações laborais mais extensas desde 2013.

Autarquias e serviços urbanos

Os serviços municipais de higiene urbana e recolha de resíduos estão entre os mais afetados. Municípios como Setúbal, Palmela, Moita, Amadora, Évora, Viana do Castelo, Loures, Sintra, Seixal e Vila Franca de Xira registam encerramento total ou adesões de 98% a 100% nos turnos de recolha noturna.
Em Lisboa, a limpeza urbana — sobretudo motoristas do turno noturno — apresenta adesões na ordem dos 90%. No Funchal, a recolha de resíduos e limpeza urbana funciona também com paralisações acima dos 55%.

Transportes e logística

A paralisação nos transportes públicos tem efeitos imediatos:

  • CP e Infraestruturas de Portugal apresentam 100% de adesão em vários pontos da rede ferroviária.
  • No Metro de Lisboa, há registo de paralisação total em diversos serviços.
  • A Transtejo/Soflusa, que assegura as ligações fluviais da Área Metropolitana de Lisboa, tem igualmente adesão total.
  • As oficinas da Carris, em Odivelas, estão totalmente paradas.

Na logística, unidades como Super Bock Logística, Rangel (Montijo), armazéns da Tabaqueira e o polo logístico da Sonae na Azambuja registam adesões entre 70% e 100%, com impacto na distribuição de bens essenciais.

Saúde: hospitais e unidades locais de saúde

A saúde é o setor onde se verifica o maior número de serviços com adesão próxima ou igual a 100%. Entre os muitos casos reportados:

  • Hospital de Santa Maria (Lisboa) — ORL, urgência de Urologia, Oftalmologia, bloco de partos e vários serviços críticos.
  • Hospital de Loures — larga maioria das alas e especialidades paradas.
  • Elvas — RX, laboratório, ortopedia e várias alas de internamento com adesão total.
  • Portalegre — maternidade, pediatria, paliativos, cirurgia e psiquiatria.

Outras unidades de referência — São João (Porto), Garcia de Orta (Almada), Braga, Viseu, Santarém, Setúbal, Covilhã e Chaves — registam adesões entre 90% e 100%, afetando urgências, serviços técnicos, blocos operatórios e enfermarias.
A Maternidade Alfredo da Costa e o Hospital D. Estefânia apresentam também adesões muito elevadas em auxiliares, administrativos e enfermagem.

Indústria e energia

A paralisação é particularmente expressiva no setor industrial:

  • A Autoeuropa tem produção parada, com unidades fornecedoras — Forvia Faurecia, Viroc, Benteler, SMP Automotive, Preh Portugal, Gestamp, Inapal Metal — a registarem adesões de 80% a 99%.
  • No setor ambiental e energético, unidades da Valorsul, ERSUC, Águas do Tejo Atlântico e Amarsul apresentam paralisação total ou adesões entre 75% e 100%.

Também empresas como Orica Mining (Aljustrel), Continental Advanced Antenna (Vila Real) e Gallo Vidro (Marinha Grande) têm adesões entre 70% e 100%.

Comércio e serviços

O impacto é menos homogéneo, mas ainda relevante em vários pontos:

  • A Santa Casa da Misericórdia de Espinho, unidades sociais em Loures, hotéis e empresas de limpeza — incluindo equipas que operam em aeronaves — registam adesões de 57% a 100%.
  • No retalho e distribuição, há 50% de adesão em centros logísticos da Mercadona (Almeirim) e Pingo Doce (Alverca).
  • Empresas de portaria, vigilância e limpeza ligadas ao STAD apresentam valores elevados em Palmela, Sintra e Lisboa.

Fonte: Lifestyle Sapo

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