
Tarefeiros vão apresentar propostas à ministra da Saúde até ao final do ano

Até ao fim do ano, a Associação de Médicos Tarefeiros terá propostas concretas para entregar ao Ministério da Saúde, sobre como disciplinar a prestação de serviços nos hospitais públicos.
A garantia foi deixada por Nuno Figueiredo e Sousa, presidente da Associação de Médicos Tarefeiros, à saída de uma reunião, esta quinta-feira de manhã, com a ministra da Saúde, um mês depois de o Governo ter aprovado novas regras para disciplinar a prestação de serviços nos hospitais públicos.
“Posso garantir que a Dra. Ana Paula Martins foi extremamente cordial, extremamente afável e com vontade de resolver esta questão. Os nossos raciocínios estão muito bem alinhados e o nosso objetivo é o mesmo: garantir a qualidade do serviço de urgência prestado aos portugueses”, disse ao jornalistas.
O recurso dos hospitais à contratação de médicos tarefeiros, que não têm vínculo permanente ao SNS e que são chamados para suprir a falta de especialistas, sobretudo nas urgências, tem vindo a aumentar ao longo dos últimos anos.
Em 2024 representaram uma despesa superior a 230 milhões de euros, que o Governo pretende reduzir até 100 milhões de euros, prevendo que 29 milhões dessa poupança possam ser alcançados ainda este ano.
O novo regime, aprovado em final de outubro, prevê também que médicos atualmente em situação de incompatibilidade possam ingressar no SNS através de uma espécie de “via verde”, permitindo a sua integração no serviço público sempre que exista vaga na respetiva Unidade Local de Saúde.
Sobre o decreto-lei que vai regulamentar estas novas regras, Nuno Figueiredo e Sousa admitiu que “continuam sem saber” pormenores sobre esse decreto-lei. “Em concreto, ninguém sabe do que está escrito nesse decreto-lei.”
Ainda assim, a associação acredita que “até ao fim do ano” terá propostas concretas entregues no Ministério da Saúde, assegurou Nuno Figueiredo e Sousa.
Situação em Castelo Branco
O presidente da Associação de Médicos Tarefeiros manifestou ainda solidariedade para com os tarefeiros da Unidade Local de Saúde de Castelo Branco que foram informados de que o salário deste mês não será pago na íntegra, devido a problemas de tesouraria.
“Estamos absolutamente inteirados dessa situação e solidários com os colegas de Castelo Branco. Achamos lamentável que isso esteja a acontecer nesta altura, mas estamos em crer que tudo será tratado e resolvido conjuntamente com o Ministério da Saúde”, afirmou.
A associação espera que a solução surja o mais depressa possível.
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