
Há 35 empresas públicas em falência técnica
(Em atualização)
No final de 2024, quase dois terços das empresas públicas analisadas apresentavam capitais próprios negativos, 35 estavam em “falência técnica”, mais 6 do que em 2023 — uma situação que “compromete a sustentabilidade económico-financeira e aumenta o risco de pressões sobre as finanças públicas”.
Estas são as conclusões do mais recente relatório do Conselho das Finanças Públicas, “Sector Empresarial do Estado e Regional 2023-2024”, que analisou 93 das 146 entidades do Setor Empresarial do Estado.
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Cinco empresas concentram 86% dos capitais próprios negativos: Parvalorem, TAP, ULS de São José, ULS de Coimbra e ULS da Arrábida.
Apenas uma ULS apresentou resultados positivos
O relatório conclui que a integração de 31 novas Unidades Locais de Saúde no setor empresarial público aumentou o peso do Estado na economia e o emprego público, mas os resultados globais continuam negativos.
“O setor da saúde agravou significativamente os prejuízos, continuando a apresentar défices estruturais associados a subfinanciamento crónico e a custos com pessoal elevados”. Os prejuízos chegaram em 2024 a 1,7 mil milhões de euros, o que representa um agravamento de 769 milhões face a 2023.
No final de 2024, apenas uma ULS apresentou resultados positivos, “sendo que 30 das 42 registaram capitais próprios negativos”.
Já os transportes e outros setores não financeiros “registaram melhorias, beneficiando de ganhos operacionais e da reversão de imparidades”. Para este desempenho contribuíram as Infraestruturas de Portugal e a TAP. Fecharam o último ano com um resultado líquido agregado de 205 milhões de euros (+ 58 milhões face a 2023).
As empresas financeiras apresentam um “desempenho muito positivo”, com destaque para a Caixa Geral de Depósitos. Subiram os resultados em 369 milhões, para 1,8 mil milhões de euros.
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