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Transplante cardíaco dentro de um ano em Gaia

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O presidente da ULS Gaia/Espinho (ULSGE), Luís Matos, revelou que a instituição poderá realizar transplantes cardíacos “provavelmente dentro de um ano”, dando um passo decisivo para se afirmar como “centro do coração e da Pneumologia”. “Atingimos um patamar de evolução que o próximo salto, do ponto de vista da cirurgia cardíaca, tem que ser o transplante cardíaco. A nossa evolução natural, técnica e científica é vir a fazer transplante. O de coração não demorará muito tempo e o de pulmão está também em perspetiva”, afirmou.

Este objetivo integra um projeto de grande dimensão que inclui a construção de um novo edifício — parte de um plano de três novos blocos — que deverá custar cerca de 200 milhões de euros e levar quatro anos a ser concluído. No entanto, a realização das cirurgias não terá de aguardar pela nova infraestrutura. “Com o nosso conhecimento técnico e científico, e com o patrocínio do Instituto Português de Saúde e Transplantação, daqui a um ano estaremos capazes de fazer transplante cardíaco”, garantiu o presidente da ULSGE, sublinhando que, do ponto de vista dos equipamentos, material e recursos humanos, “as condições já estão reunidas”.

Segundo Luís Matos, os novos edifícios permitirão melhorar as condições físicas e de trabalho, concentrando blocos operatórios, unidades de cuidados intensivos, internamentos e exames diferenciados das áreas de cardiologia, cardiotorácica, pneumologia e cirurgia vascular. “Olhamos para este projeto como uma unidade de gestão do tórax e circulação”, explicou.

A aposta da ULSGE em terapias avançadas ganhou visibilidade recentemente, depois de, a 11 de novembro, a equipa de cirurgia cardiotorácica e cardiologia ter implantado um dispositivo de assistência ventricular esquerda — o HeartMate 3, também conhecido como “coração artificial”. A intervenção, de elevada complexidade, foi considerada estratégica para o tratamento da insuficiência cardíaca avançada em Portugal.

Este dispositivo mecânico substitui parcialmente a função do ventrículo esquerdo, permitindo prolongar e melhorar a vida de doentes com insuficiência cardíaca grave. Pode ser utilizado como ponte para transplante ou como terapia definitiva, em casos selecionados.

A cirurgia envolveu uma equipa multidisciplinar de cardiotorácica, cardiologia, intensivistas, perfusionistas, enfermeiros e fisiologistas cardíacos. A doente intervencionada — uma mulher com insuficiência cardíaca de origem genética, não candidata a transplante — encontra-se a recuperar bem, tendo já iniciado mobilização pós-operatória.

O diretor do serviço de cirurgia cardiotorácica, Paulo Neves, destacou que esta intervenção representa “um avanço significativo” e oferece “uma nova perspetiva de vida a doentes que, até há poucos anos, tinham opções muito limitadas”.

A ULSGE lembra ainda que estes avanços resultam de um processo de capacitação técnica e científica desenvolvido nos últimos meses, em colaboração com o Hospital Universitário de Santiago de Compostela e com o professor Mandeep Mehra, do Brigham and Women’s Hospital e da Harvard Medical School, considerado uma referência mundial no tratamento da insuficiência cardíaca avançada.

SO/LUSA

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Fonte: Saúde Online

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