
É “em privado” que se “chama a atenção” sobre os ministros, diz Seguro
António José Seguro, candidato à Presidência da República, defende que o chefe de Estado deve fazer avisos sobre os ministros que estão fragilizados em privado, nas reuniões semanais com o primeiro-ministro.
O candidato à Presidência esteve esta tarde numa visita ao Hospital Amadora-Sintra e foi questionado sobre o que faria em relação à ministra da Saúde, que está debaixo de pressão dos partidos da oposição para que se demita. Seguro acredita que em casos como este, a ação principal do Presidente deve ser feita dentro de portas com o primeiro-ministro.
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“Considero que o Presidente da República deve falar em público e que dessas palavras deve haver consequências, mas muito do trabalho deve ser feito em privado, nas reuniões às quintas-feiras com o primeiro-ministro”, começou por dizer o antigo líder do PS.
Seguro considera que em casos com o da crise na saúde, os avisos devem ter lugar nessas reuniões semanais no Palácio de Belém. “Quando houver necessidade de chamar a atenção sobre este ou aquele ministro, farei sempre em privado“, disse.
O candidato à Presidência da República defende que é essencial manter os profissionais de saúde no SNS, sobretudo os recém-formados. António José Seguro reconhece, no entanto, que muitos dos problemas podem ser resolvidos com uma melhor gestão.
“Pugno muito e vou insistir na gestão e organização. Encontro situações que não estão resolvidas em unidades de saúde, e que estão noutras. Foram resolvidas com a mesma lei e com os mesmos recursos“, exemplifica.
António José Seguro insiste num pacto para a área da Saúde e quer entregar um documento aos líderes dos vários partidos, para que essa convergência comece a ser preparada. O candidato a Belém acredita que pode faltar dinheiro para tudo menos para esta área.
“Pode faltar dinheiro para outras coisas, mas para a saúde dos portugueses não pode faltar“, atira o antigo secretário-geral socialista.
Seguro critica ainda a “cultura do passa-culpas” que tem existido nesta área nos últimos anos em Portugal.
25 novembro? Não vai estar
Noutro plano, António José Seguro não quis comentar as celebrações do 25 de novembro, esta terça-feira no Parlamento.
O candidato a Belém revelou apenas que não vai estar presente, porque tem programa agendado há vários meses nos Açores.
No entanto, não esclareceu se recebeu um convite para estar na Assembleia da República esta terça-feira.
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