
Gouveia e Melo e Catarina Martins admitem demissão do Governo em situação “muito grave” ou “limite”

(em atualização)
Da Saúde à Habitação, da legislação laboral à Defesa, Henrique Gouveia e Melo e Catarina Martins concordaram em discordar de quase tudo, num “oceano de diferenças”, segundo o antigo militar, mas concordaram em assumir que poderiam demitir um futuro Governo, no caso de virem a ser eleitos para a Presidência da República.
Em mais um frente-a frente televisivo, desta vez na SIC, estes dois candidatos às presidenciais de 18 de janeiro admitiram, atuar no caso de uma situação “muito grave”, no caso de Gouveia e Melo e se se chegar a uma “situação limite”, na visão de Catarina Martins.
Questionado pela jornalista Clara de Sousa sobre como atuaria face a riscos para a democracia e se alguma vez usaria a figura da demissão de um Governo, Henrique Gouveia e Melo disse que “nunca usaria um mecanismo desses”, dizendo-se a favor da “estabilidade” e que só o faria por exemplo “se um governo extremista utilizasse os seus poderes para reverter a Constituição, não em termos formais, mas na prática e nos direitos cívicos e mais fundamentais”.
Já Catarina Martins admitiu ser “crítica” de como o atual Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa usou o poder para dissolver o Parlamento e admitiu fazê-lo numa “situação limite”, dando como exemplo a decisão de Jorge Sampaio quando António Guterres disse que não era capaz de continuar a ser governo, admitindo que foi uma “decisão acertada”. Questionada se admite usar esse poder se for eleita para Belém, a eurodeputada responde com um “espero que não”.
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