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Portugueses que pagam contas a tempo são menos, mas ficam acima da média europeia

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O número de consumidores portugueses que pagam as contas dentro do prazo caiu de 85% para 77% entre 2024 e 2025, o que pode significar “um possível impacto da pressão financeira nas famílias”, indica um estudo da Intrum.

Apesar do recuo, o valor mantém-se ligeiramente acima da média europeia, que é de 76%, segundo a edição anual do Relatório Europeu de Pagamentos do Consumidor da Intrum.

Na Europa, a quantidade de consumidores que paga as contas dentro do prazo tem vindo a crescer desde há dois anos, tendo passado de 63% em 2023 para 74% em 2024.

No topo da tabela dos mais cumpridores, estão os espanhóis e os austríacos, com 83% do total a conseguir pagar as contas a tempo. No extremo oposto encontram-se os gregos, com apenas 67% a cumprirem prazos de pagamento.

Para a Intrum, este crescimento reflete “uma maior estabilidade financeira”, evidenciando que “os consumidores estão a recuperar a confiança na sua capacidade de pagar contas e suportar despesas”.

O estudo sublinha também uma melhoria na perceção da capacidade para sustentar a família (71% em 2025 contra 63% em 2024) e para cobrir despesas relacionadas com o trabalho, como transportes públicos (73% contra 61%, respetivamente).

Apesar da tendência positiva, o relatório revela a existência de “sinais de vulnerabilidade”, quando 43% dos inquiridos continuam a referir “os efeitos duradouros do aumento do custo de vida, despedimentos e incerteza laboral”.

Os dados recolhidos para o estudo mostram que a Geração Z (indivíduos nascidos entre 1997 e 2012) enfrenta “dificuldades acrescidas” em pagar as contas dentro do prazo, com mais de um terço dos jovens (36%) a admitir que falharam o pagamento de uma ou mais contas no último ano, contra 24% da média dos consumidores europeus, e 63% a afirmar que a situação é recorrente.

Falta de dinheiro para cumprir as obrigações é a razão apontada por 52% dos jovens que falharam pagamentos, quando em 2024 eram apenas 20%.

A influência das redes sociais nos hábitos financeiros é admitida por 31% destes jovens, que admitem ter contraído dívidas por tentarem replicar o estilo de vida de influenciadores. Cerca de 54% reportam impactos negativos na sua saúde mental.

O estudo da Intrum identifica ainda uma mudança no relacionamento dos consumidores com a tecnologia, com 70% dos consumidores a considerarem que as redes sociais promovem “expectativas financeiras irreais”.

Apenas 30% afirmam fazer mais compras impulsivas do que em 2024, quando eram 45% do total, e só 18% dizem recear que a inteligência artificial substitua os seus empregos.

Em comunicado, Luís Salvaterra, diretor geral da Intrum Portugal, sublinha que “os portugueses continuam a destacar-se pelo seu compromisso com a responsabilidade financeira”, apesar de o recuo em relação a 2024 evidenciar que “há segmentos da população a sentir a pressão dos encargos mensais”.

A Intrum é uma empresa de serviços de gestão de crédito, sediada na Suécia. O Relatório Europeu de Pagamentos do Consumidor, que nesta edição teve por base um inquérito a 20 mil consumidores em 20 países europeus, detalha a maneira como os europeus gerem as suas finanças, lidam com os custos crescentes e se adaptam às mudanças económicas.


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