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Prova de conhecimentos retirada do concurso especial para Medicina no Porto

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A proposta para o novo regulamento do Concurso Especial para Acesso ao Ciclo de Estudos Integrado do Mestrado em Medicina na Universidade do Porto (U.Porto) elimina a prova de conhecimentos e segue para consulta pública e reitoria, avançou esta quarta-feira uma fonte oficial.

Em entrevista à Lusa, o diretor da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), Altamiro Costa Pereira, adiantou que uma das principais alterações ao polémico regulamento do Concurso Especial para Acesso ao curso de Medicina é a eliminação da prova de conhecimentos, precisamente o exame que afastou 30 candidatos no último concurso por não terem tido pelo menos 14 valores.

“As principais alterações vão ser a queda do exame da prova de conhecimentos”, disse Altamiro Costa Pereira, à margem da reunião do Conselho Científico na FMUP que decorreu esta quarta-feira, acrescentando que a proposta do novo regulamento só é oficial após “consulta pública nos próximos dois meses” e apreciação na Reitoria da Universidade do Porto.

Segundo o Despacho publicado em Diário da República em 9 de julho de 2019, os candidatos com “classificação inferior a 14 valores na prova de conhecimentos” são excluídos do concurso.

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No concurso deste ano letivo, apenas sete dos 37 candidatos obtiveram essa nota de 14 valores. No entanto, houve 30 candidatos que receberam um e-mail da FMUP a dizer que que tinham entrado no Ciclo de Estudos Integrado do Mestrado em Medicina na U.Porto.

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A polémica instalou-se quando o reitor da U.Porto, António de Sousa Pereira, denunciou a 5 de setembro, numa notícia publicado no jornal Expresso, ter recebido pressões de várias pessoas para deixar entrar na Faculdade de Medicina 30 candidatos que não tinham obtido a classificação mínima na prova exigida no curso especial de acesso.

O diretor da FMUP adiantou esta quarta-feira que os candidatos vão ter apresentar pelo “menos uma média de 14 [valores] no liceu” e uma média de pelo menos 14 valores nos exames de acesso. Os exames são de matemática, biologia ou bioquímica e os candidatos têm de fazer pelo menos dois destes três exames.

Outra das condições para os candidatos serem admitidos no processo de seriação é ter uma licenciatura também com uma “média de mais de 14 valores”.

A licenciatura pode ser em qualquer área desde o momento que tenham feito dois dos três exames exigidos, ou seja, desde que os candidatos tenhma feito dois dos três exames exigos (matemática, biologia ou bioquímica) com uma média de pelo menos 14 valores, explicou o diretor da FMUP.

“Qualquer licenciatura é válida. Pode ser de enfermagem, como pode ser ciências da nutrição, como pode ser gestão ou bioengenharia ou bioinformática. Portanto, qualquer licenciatura desde o momento em que tenham os exames exigidos com média de pelo menos 14 valores”.

Estas alterações são para “dar muito mais força àquilo que foi o decreto de 2007”.

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O diretor da FMUP acrescenta que à partida não irá haver entrevista, como algumas faculdades.

“Vamos tomar em consideração o percurso profissional e extra curricular que as pessoas também fizeram, porque o percurso muitas vezes também evidencia determinadas características que podem ser melhores para cursar e exercer medicina”, como questões de voluntariados, mestrados, doutoramentos, podem ajudar a definir os candidatos e a dar pontuação positiva, descreveu.

“A Faculdade de Medicina da U. Porto quer ficar com os melhores candidatos licenciados que apareçam para cumprir estas vagas a concurso”, concluiu.

A 23 de setembro, o diretor da FMUP declarou, numa audição na comissão parlamentar de Educação e Ciência na Assembleia da República, que houve um “lapso” do vogal do Conselho Executivo que colocou a palavra “homologado” em vez de “ratificado” sobre o concurso especial ao curso de Medicina.

No mesmo dia 23 de setembro, o reitor da U.Porto denunciava que tinha recebido ameaças físicas contra si e contra a família no âmbito do caso dos 30 candidatos ao curso de Medicina.


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