
Sindicato dos Enfermeiros Portugueses estima que faltem 2.000 profissionais no Algarve

O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) defende que faltam 2.000 enfermeiros no Algarve, considerando ser um “desejo de Natal” a afirmação da ministra da Saúde em como a região estaria preparada para o inverno.
“É impossível fazer mais com a carência de enfermeiros que há atualmente no Algarve”, disse à Lusa a dirigente do SEP, Guadalupe Simões, acrescentando que a falta de profissionais é feita à custa do trabalho extraordinário.
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Segundo o SEP, faltam na região do Algarve 1.500 enfermeiros generalistas (atualmente há cerca de 1.400) e cerca de 500 enfermeiros especialistas (380).
Os representantes dos enfermeiros fazem esta estimativa com base numa fórmula de cálculo que está no regulamento sobre dotações seguras da Ordem dos Enfermeiros, explicou Guadalupe Simões.
“Com a brutal carência de enfermeiros e outros profissionais de saúde na região, só pode ser um desejo de Natal!” quando a ministra da Saúde afirma “acreditar que o Algarve está preparado” para o inverno, afirmou o SEP em comunicado.
Ana Paula Martins iniciou na segunda-feira, com uma visita ao Hospital de Portimão, no Algarve, um roteiro pelas unidades locais de saúde de todo o país, no âmbito da preparação do Serviço Nacional de Saúde (SNS) para o período de inverno.
Para o SEP “a situação de carência tem sido agravada pela ausência de medidas de retenção e as admissões que ocorreram ficam muito aquém das necessidades”.
O sindicato, relativamente a medidas de retenção”, critica a ministra da Saúde por esta não dar orientações à administração da Unidade Local de Saúde (ULS) do Algarve para proceder ao pagamento dos retroativos desde 2018 até dezembro de 2021, em não permitir a abertura de concursos de acesso às categorias de enfermeiro especialista e enfermeiro gestor, “estagnando as expectativas de desenvolvimento profissional”.
Guadalupe Simões lamenta ainda que Ana Paula Martins ignore a falta de profissionais, concretamente de enfermeiros nos cuidados de saúde primários, cuja existência, segundo a governante, poderia evitar a sobrecarga nos serviços de urgência hospitalar.
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