
Joaquim Evangelista: “FIFA tem de perceber que tem que contar com os jogadores”

Os 60 anos da FIFPro celebram-se em Lisboa. Esta terça-feira, arranca a Assembleia-geral mundial do sindicato internacional dos jogadores. Em cima da mesa estão preocupações que persistem, como a saúde dos atletas e a sobrecarga do calendário. Em declarações a Bola Branca, Joaquim Evangelista não esconde que há um clima de tensão entre sindicato internacional e FIFA.
“Infelizmente há um impasse na relação com a FIFA e temos de resolver isso definitivamente. Gianni Infantino tem de perceber que tem de contar com os jogadores. Sem jogadores não há futebol e o futebol não melhora se não percebermos as questões da sobrecarga desportiva, conciliar a saúde e a performance desportiva”, sublinha o presidente do Sindicato dos Jogadores.
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Anfitrião neste colóquio que dura até quinta-feira, Joaquim Evangelista destaca o ambiente “apaziguador” e sublinha as presenças de Governo, Liga e Federação Portuguesa de Futebol num evento que pretende resolver através do “diálogo”. Solução a adotar também pelos “atuais dirigentes”, a bem do futebol português.
“Compreendo a clubite, mas acho que temos uma qualidade de dirigentes que pode e deve oferecer mais ao futebol. São muito jovens, com muita bagagem desportiva e cultural. Enfim, temos de agradar aos associados, mas podemos fazê-lo de outra maneira, que ganhe o futebol português”, atira Evangelista.
Também o Sindicato envolveu-se numa das polémicas mais recentes, ao questionar o a participação da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF) contra António Silva contra António Silva, depois de o central ter dito que “a arbitragem está muito condicionada”, no final do Benfica-Casa Pia. Joaquim Evangelista nega guerra aberta com os árbitros, mas confessa que a ação da APAF foi “um exagero”.
“O que me entristeceu foi que, de repente, as associações de classe não dialoguem e tentem encontrar soluções consensuais. Foi um exagero, não podemos fazer participações por tudo e por nada”, refere.
Nesta conversa com Bola Branca, o presidente do Sindicato dos Jogadores aproveitou ainda para aplaudir o encontro entre Trump e Cristiano Ronaldo na Casa Branca, que “diz muito sobre a dimensão” do capitão da seleção, que deve ser “aproveitada”.
Sobre o Mundial 2026, Evangelista espera que haja “bom senso” da FIFA na aplicação do castigo de CR7 e que o avançado possa marcar presença “desde o início”, sendo que o tópico das chances de vitória para a seleção faz o presidente do sindicato suspirar.
“Temos que sonhar em grande. Temos grandes jogadores, é fantástico. Vitinha, João Neves, Nuno Mendes… É muita qualidade. Ganharmos vai depender da bola entrar, mas vamos ser favoritos, não tenho dúvida nenhuma”, afiança.
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