Notícias

90 euros num táxi para ir ao hospital: “É o que temos”, reage ministra

Publicidade - continue a ler a seguir

Luís Forra / LUSA

Ministra da Saúde, Ana Paula Martins

Portugal é um dos países europeus onde se demora mais tempo a chegar ao hospital. Barrancos destaca-se.

Mais de uma hora, uma hora e meia… Portugal é um dos países europeus onde se demora mais tempo a chegar ao hospital.

O Jornal de Notícias partilhou nesta segunda-feira números do Eurostat que colocam Portugal ao nível de alguns países do Sul ou Leste da Europa: Grécia, Roménia, Croácia, Polónia e Eslovénia.

Por cá, destaca-se Barrancos: os utentes têm de viajar (de carro) 1h30m para chegar ao hospital em Beja ou em Évora.

O cenário não é muito diferente em Freixo de Espada à Cinta, onde as contas apontam para uma viagem 80 minutos até ao hospital em Mirandela.

É precisamente em Freixo de Espada à Cinta que António Araújo, taxista, revela: cobra 90 euros por uma viagem até Mirandela.

“Normalmente (os utentes) recorrem à Câmara, que têm apoio. E nós trabalhamos para a Câmara com esse apoio”, conta na RTP.

“Demoramos duas horas. Se uma pessoa fica doente, enquanto vai daqui a Bragança ou a Mirandela, pode bater a bota”, acrescenta outro morador, Carlos Jorge.

Não são só estes casos extremos. Metade da população portuguesa vive a mais de 15 minutos de um hospital, segundo o mesmo relatório do Eurostat.

Para as grávidas, além dos exemplos já mencionados, pode-se demorar 80 minutos para chegar a uma maternidade, como quem vive em Sines. No Alentejo, há quem siga directamente para Espanha; é mais perto. Quase 100 concelhos estão a mais de 30 minutos de uma maternidade.

Reacção da ministra

É um cenário que se arrasta há décadas. E a ministra da Saúde não esconde o cenário, apontando para o passado: “Foi a rede que foi desenhada há 20 ou 30 anos. É o que temos”, comentou com os jornalistas.

Ana Paula Martins acrescentou que a Saúde não estará comprometida no país “se aproximarmos as pessoas dos hospitais quando elas precisam, através dos cuidados de proximidade”.

A ministra da Saúde iniciou nesta segunda-feira uma espécie de volta a Portugal para avaliar a resposta do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Começou por Unidades Locais de Saúde em Portimão e em Santiago do Cacém.

Noutros assuntos, garantiu que não faltam vacinas para a gripe; embora admita que há centros de saúde com ‘stocks’ reduzidos por causa da vacinação “feita em grande escala”.

“Nós temos vacinas que cheguem para as pessoas que têm que se vacinar e sobretudo, para aqueles que mais nos preocupam, que têm mais risco, que são os mais seniores, nomeadamente acima dos 85 anos”, disse Ana Paula Martins, em Portimão.

Horas depois, em Santiago do Cacém, revelou que, devido à adesão de médicos e enfermeiros, vão ser decretados os serviços mínimos no SNS durante na greve geral de 11 de Dezembro. “Ouvi pelas notícias que iria haver da parte de dois sindicatos, um dos médicos e outro de enfermeiros, adesão à greve”, comentou.


Subscreva a Newsletter ZAP


Siga-nos no WhatsApp


Siga-nos no Google News

Fonte: ZAP

Publicidade - continue a ler a seguir

Seja membro da PortalEnf 




[easy-profiles template="roundcolor" align="center" nospace="no" cta="no" cta_vertical="no" cta_number="no" profiles_all_networks="no"]

Portalenf Comunidade de Saúde

A PortalEnf é um Portal de Saúde on-line que tem por objectivo divulgar tutoriais e notícias sobre a Saúde e a Enfermagem de forma a promover o conhecimento entre os seus membros.

Artigos Relacionados

Deixe um comentário

Publicidade - continue a ler a seguir
Botão Voltar ao Topo