
Vem aí uma tempestade solar. Há risco de um novo apagão?
A Terra está a ser atingida por uma tempestade solar que pode afetar satélites, redes elétricas e sistemas de GPS.
É a consequência de uma forte erupção solar e as consequências podem ser sentidas ao longo das próximas horas.
O Explicador Renascença esclarece.
Que tempestade é esta?
É uma tempestade geomagnética que gera uma grande nuvem de plasma e um campo magnético que são expelidos da coroa solar.
Quando toma a direção da Terra, esta nuvem pode comprometer as comunicações, as redes elétricas e os sistemas de satélites, sobretudo os que se situam na órbita mais baixa do planeta.
Este fenómeno tem origem numa forte erupção solar, observada a 11 de novembro e a nuvem magnética viaja a uma velocidade de 1.500 quilómetros por segundo.
Já há efeitos deste fenómeno?
Sim, já foram sentidos em algumas regiões da Europa e do continente africano. Foram reportadas falhas temporárias em sistemas de GPS e de navegação na América do Norte e na Europa, com impacto, sobretudo, em serviços logísticos e algumas aplicações móveis.
Outro fenómeno é a observação de auroras boreais intensas em latitudes mais baixas do que o habitual. Até em Portugal, onde fenómeno é raro, foi possível observar auroras boreais na madrugada de terça-feira para quarta-feira, desde Viana do Castelo até à Figueira da Foz, também em Viseu e na Beira Interior.
Consequência das fortes perturbações da magnetosfera.
Ainda estamos expostos a possíveis consequências?
Ainda estamos, porque os efeitos desta tempestade solar podem ser sentidos entre 24 e 48 horas depois.
Nos últimos dias, a Terra foi atingida por duas ondas solares que causaram tempestades geomagnéticas mais fortes do que o previsto.
Nesta altura, estamos a ser atingidos por uma terceira vaga solar, com potencial para ser ainda mais intensa.
No pico do impacto, será possível voltar a observar auroras boreais mais a sul do que é habitual.
E os efeitos podem continuar até sexta-feira. Pode haver perturbações em comunicações por rádio e GPS, sobretudo em zonas rurais e marítimas, bem como possíveis flutuações nas redes elétricas.
Um novo apagão?
Os especialistas afastam cenários alarmistas, mas é sempre uma possibilidade.
No entanto, a Agência Espacial Europeia realizou uma série de testes e simulações de resposta a apagões tecnológicos globais, prevendo cenários de falhas em redes elétricas e a conclusão é de que o sistema de fornecimento elétrico está preparado para este tipo de evento.
Há risco para a saúde humana?
De acordo com a Agência Espacial Europeia, este fenómeno não representa risco biológico direto para as pessoas. Estamos protegidos pela atmosfera e pelo campo magnético da Terra contra partículas solares nocivas.
Já os astronautas fora desta zona de proteção ou que estejam em missões espaciais podem estar mais expostos.
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