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Greve dos médicos tarefeiros fará “mossa” e pode “encerrar alguns serviços de urgência”, avisa Xavier Barreto

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Centenas de médicos em regime de prestação de serviços poderão recusar-se a trabalhar caso o Governo publique o diploma que reduz o valor pago por hora. A contestação está a ser organizada nas redes sociais, avança esta quarta-feira o jornal “Público”.

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O cenário preocupa o presidente da Associação de Administradores Hospitalares, que alerta para as consequências diretas na assistência aos utentes. Uma paralisação de tarefeiros poderá provocar atrasos significativos no atendimento e, no limite, forçar o encerramento de serviços hospitalares.

“Naturalmente convivemos nesta situação com preocupação. Os médicos em prestação de serviços asseguram uma parte importante dos turnos dos serviços de urgência. Em alguns hospitais asseguram mais de 50%”, afirmou Xavier Barreto.

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“Se esta greve avançar, se tiver uma adesão significativa, certamente vai provocar mossa, vai no mínimo prejudicar o atendimento e a celeridade no atendimento aos doentes, e no limite poderá mesmo encerrar alguns serviços de urgência por falta de recurso humano.”

Até agosto, o Serviço Nacional de Saúde gastou 162 milhões de euros com médicos tarefeiros, mais 25 milhões do que no mesmo período do ano passado. O aumento evidencia o peso destes profissionais no funcionamento do sistema.

Mais de mil médicos tarefeiros ameaçam paralisar urgências

Xavier Barreto considera urgente que o Ministério da Saúde encontre uma solução negociada com os prestadores de serviços. “As alternativas provavelmente vão ser curtas, vão ser insuficientes. Vamos pedir às pessoas para fazerem mais horas extra”, disse, frisando que muitos profissionais “já ultrapassaram o limite máximo de horas extra”.

O responsável recorda ainda que os sucessivos governos incentivaram durante anos o recurso à prestação de serviços em detrimento de contratos efectivos. Agora, reverter a situação é, nas suas palavras, “muito difícil”.

“Durante muitos e muitos anos os sucessivos governos incentivaram a prestação de serviços e ao mesmo tempo desincentivaram a realização de contratos. Portanto, nós não chegámos aqui por acaso e agora reverter isto é muito difícil. De facto, nós estamos muito dependentes dos prestadores de serviço.”

Apesar de considerar os tarefeiros essenciais para o funcionamento dos hospitais, Xavier Barreto defende que é necessário regular o regime. Atualmente, um médico tarefeiro pode receber entre 40 e 100 euros por hora, sendo que há casos em que o valor chega aos 150 euros.


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