
Um em cada cinco médicos e enfermeiros é migrante. Imigração em Portugal diminuiu 2%, e há mais 4% de portugueses a emigrar
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Entre os 38 países-membros da OCDE, cerca de um em cada cinco médicos e enfermeiros é migrante. Segundo o relatório Perspetivas da Migração Internacional 2025, mais de 830 mil médicos e 1,75 milhões de enfermeiros que trabalham nos sistemas de saúde da OCDE nasceram no estrangeiro, tendo o número de médicos migrantes aumentado 86% e o de enfermeiros 136% em relação a 2020-2021.
O crescimento reflete a escassez de profissionais de saúde, especialmente em países com populações envelhecidas. Os maiores aumentos absolutos ocorreram nos Estados Unidos, Alemanha e Reino Unido, enquanto a Finlândia registou o maior aumento proporcional de enfermeiros migrantes. A maioria dos profissionais de saúde estrangeiros vem da Ásia, com Índia, Alemanha e China a liderarem entre os médicos, e Filipinas, Índia e Polónia entre os enfermeiros, segundo a RTP que cita o relatório.
Em Portugal, entre 2023 e 2024, a imigração diminuiu dois por cento, com destaque para uma queda de quase 50% nos reagrupamentos familiares. Ainda assim, houve um aumento de nove por cento de pessoas a entrar no país para trabalhar, e Portugal recebeu 138 mil novos imigrantes, menos 1,9% face ao ano anterior. Foram emitidas cerca de nove mil autorizações para estudantes internacionais do ensino superior.
As principais nacionalidades de quem chegou a Portugal em 2023 foram Brasil, Angola e Cabo Verde. Por outro lado, a emigração de portugueses para países da OCDE aumentou quatro por cento, totalizando 61 mil pessoas, das quais 21% foram para a Suíça, 19% para Espanha e 12% para França.
No conjunto da OCDE, a migração permanente diminuiu quatro por cento em 2024, mas ainda se manteve elevada, com 6,2 milhões de novos migrantes. Quase metade dos novos migrantes mudou-se por motivos familiares. A migração laboral temporária atingiu níveis historicamente elevados, enquanto os pedidos de asilo aumentaram 13%, totalizando três milhões de requerentes, o valor mais alto alguma vez registado, apesar de uma queda nos pedidos na maioria dos países, devido a políticas mais restritivas.
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