
Governo justifica tempos de espera para consulta com aumento de pedidos

O Ministério da Saúde justificou esta terça-feira o aumento do número de utentes à espera de uma primeira consulta nos hospitais públicos com o aumento do número de pedidos, que superou o reforço da capacidade de resposta.
“O aumento das listas de espera não resulta de uma redução da capacidade de resposta do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Pelo contrário, resulta de um crescimento da oferta que, embora contínuo, ainda não acompanha na totalidade o ritmo de expansão da procura”, afirma o gabinete da ministra Ana Paula Martins, em resposta à agência Lusa.
De acordo com a monitorização da Entidade Reguladora da Saúde (ERS) aos tempos de espera no SNS no primeiro semestre de 2025, no final de junho deste ano, 974.770 utentes aguardavam por uma primeira consulta nos hospitais públicos, mais 25,6% do que no primeiro semestre de 2024.
O aumento coincide, no entanto, com um período em que, segundo o Ministério da Saúde, realizaram-se 766.911 consultas hospitalares, mais 3,8% face ao período homólogo de 2024.
“Estes resultados foram alcançados num contexto em que o aumento dos recursos humanos não ultrapassou os 2,3%, evidenciando ganhos de eficiência na utilização dos meios disponíveis”, acrescenta a tutela, sublinhando que, por outro lado, “o crescimento da procura foi ainda superior”.
Segundo a mesma fonte, o número de pedidos de consulta aumentou 4,9%, refletindo “o envelhecimento da população, o acréscimo significativo de residentes inscritos no SNS e uma maior consciencialização dos cidadãos relativamente ao acesso aos cuidados”.
Na resposta à Lusa, o Ministério da Saúde refere ainda que o novo Sistema Nacional de Acesso a Consulta e Cirurgia pretende melhorar a gestão das listas de espera.
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