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Raimundo acusa Governo de espezinhar direitos dos enfermeiros

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O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, acusou esta sexta-feira o Governo de falhar na defesa dos enfermeiros, denunciando uma “desregulação total” dos horários. Na concentração de profissionais em Lisboa, criticou a gestão hospitalar e alertou para o impacto do novo pacote laboral

O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, acusou esta sexta-feira o executivo de falhar redondamente na proteção dos direitos dos enfermeiros, considerando que a atual desregulação dos horários de trabalho configura um ataque à dignidade profissional. As declarações foram proferidas à margem de uma concentração de várias centenas de profissionais junto ao Ministério da Saúde, em Lisboa, num protesto que deixou a entrada do edifício bloqueada durante a hora de almoço.

Raimundo não poupou nas críticas ao modelo de gestão hospitalar, que, na sua perspetiva, coloca nas mãos da administração a vida das pessoas, sejam elas profissionais ou utentes. “O Governo está a falhar, no que respeita a estes trabalhadores, em procurar espezinhar os seus direitos”, afirmou o líder comunista, visivelmente descontente com o rumo das políticas para a saúde. A organização dos turnos, entregue exclusivamente aos hospitais sem salvaguardas, está a retirar condições a quem já trabalha no limite.

A mobilização, que juntou centenas de uniformes à porta do Ministério, enquadra-se na greve nacional convocada pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP). O sindicato tem vindo a acusar o Governo de tentar poupar dinheiro à custa dos profissionais, uma narrativa que Raimundo fez questão de reforçar. “Parece que a ‘troika’ voltou, desde logo na desregulação dos horários de trabalho”, disparou, estabelecendo um paralelo com os tempos da intervenção externa.

Para o secretário-geral do PCP, a luta que hoje levou os enfermeiros à rua transcende a mera defesa de interesses corporativos. Trata-se, no seu entender, de uma batalha pela sustentabilidade do próprio Serviço Nacional de Saúde. “Eles estão aqui a defender os seus direitos, mas também estão a defender as condições para que o SNS dê resposta às necessidades”, sublinhou, estabelecendo uma ligação clara entre as condições laborais e a qualidade do serviço prestado à população.

Raimundo alertou ainda que o novo pacote laboral do Governo representa uma ameaça que se estenderá a todos os trabalhadores da administração pública. “Precisam de ser dignificados, precisam de ser valorizados, e não precisam de ser espezinhados com a desregulação total dos horários de trabalho”, rematou, deixando no ar um aviso sobre a possibilidade de mais conflitualidade social se nada for feito para travar o que classifica de desmonte de direitos.

NR/HN/Lusa

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