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Emprego na saúde cresce 11% em seis anos e atinge máximo histórico em Portugal, revela estudo da Randstad Research

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O setor da saúde vive um dos períodos de maior expansão da última década, de acordo com a mais recente análise da Randstad Research. O estudo, baseado em dados do INE, Eurostat e IEFP, mostra que o emprego na saúde humana e apoio social atingiu 524,5 mil profissionais no segundo trimestre de 2025, mais 51,9 mil do que em 2019 — um crescimento de 11% em seis anos.

A área da saúde humana, que inclui hospitais, clínicas e consultórios, concentra 62% do total de empregos e continua a ser o principal motor do setor. Entre 2021 e 2024, registou-se um aumento generalizado de profissionais em todas as categorias. Médicos e médicos dentistas cresceram 9%, farmacêuticos e enfermeiros 7%, representando os maiores aumentos absolutos. Em 2024, existiam 63.965 médicos, 85.499 enfermeiros, 10.786 farmacêuticos e 12.490 médicos dentistas.

O número de profissionais de saúde a trabalhar por conta própria tem vindo a aumentar de forma contínua desde 2010, ultrapassando 35,2 mil pessoas em 2024. Segundo a Randstad Research, este crescimento confirma a predominância dos vínculos independentes, especialmente entre médicos, enfermeiros e técnicos de diagnóstico.

O estudo revela ainda que 63,6% dos trabalhadores da saúde estão empregados no setor privado — o equivalente a 284,8 mil pessoas. O setor público emprega 163,3 mil profissionais, correspondendo a 36,4% do total. Embora o sistema público mantenha um papel central na prestação de cuidados, a maior parte do emprego é hoje gerada por entidades privadas.

A estrutura empresarial do setor também continua a crescer. Em 2023, existiam 118.558 empresas ligadas à saúde e apoio social, mais 2,2% do que no ano anterior e 45% acima dos níveis de 2013. As entidades de apoio social têm sido as que mais aumentam, impulsionadas por serviços domiciliários e microestruturas de proximidade.

Salários sobem 55% em dez anos e superam a média nacional

As remunerações na saúde atingiram em junho de 2025 uma média de 1.978 euros, mais 18,7% do que no ano anterior e 54,8% acima dos valores de 2016. Este é um dos aumentos mais expressivos da economia portuguesa e coloca o setor 13,6% acima da média nacional.

Esta valorização salarial reflete o impacto das políticas públicas no Serviço Nacional de Saúde e o esforço das entidades privadas para reter talento num contexto de escassez de profissionais qualificados. O desemprego na área é considerado residual, concentrado sobretudo em funções menos qualificadas: em agosto de 2025 estavam 20.286 pessoas inscritas, o equivalente a 6,7% do total nacional.

O estudo confirma ainda que a saúde é o setor mais feminizado da economia, com 82% dos profissionais do sexo feminino.

Na análise de Luísa Cardoso, Business Unit Manager da Randstad para as áreas de clinical & life sciences, “o setor da saúde é hoje um verdadeiro pilar económico”. A responsável sublinha que “a taxa de emprego e o aumento expressivo das remunerações revelam não apenas a relevância social do setor, mas também a sua capacidade de gerar valor e estabilidade”.

Luísa Cardoso destaca ainda os desafios estruturais que persistem, nomeadamente a escassez de profissionais, o envelhecimento da força de trabalho e o desequilíbrio de género, alertando para a necessidade de políticas de qualificação, rejuvenescimento e diversidade.

Fonte: Lifestyle Sapo

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