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Mariana Vieira da Silva. “Não desdigo o que disse sobre Seguro, mas agora não há alternativas para o PS”

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Mariana Vieira da Silva não retira as críticas que fez à candidatura presidencial de António José Seguro.

A poucos dias da reunião da Comissão Nacional onde o secretário-geral José Luis Carneiro e o presidente do PS Carlos César vão propor o apoio do partido a Seguro, Mariana Vieira da Silva vê esse passo com naturalidade face à ausência de alternativas.

“Não vou desdizer coisas que disse, porque normalmente quando falo, falo porque tenho opiniões nas quais pensei mais do que cinco minutos”, reafirma Mariana Vieira da Silva, quatro meses depois de ter declarado na Renascença que não se conhecia “nenhuma ideia ou nenhuma posição a António José Seguro nos últimos dez anos”.

A antiga ministra considera que o PS “devia ter feito este processo de forma diferente” e que as alternativas que “pareciam melhores” não existem hoje.

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“Ao longo dos últimos meses, em vários momentos, houve alternativas mais positivas do que de António José Seguro. Enquanto houve outros caminhos para trilhar, havia uma situação. Neste momento, não há alternativas a este apoio. Acho natural que o PS o faça”, sublinha.

As lições das Autárquicas

Abre-se agora um período de reflexão no PS em que, diz Mariana Vieira da Silva, “as presidenciais já não têm a ver com esta dinâmica”. Passadas as Autárquicas, é preciso analisar os dados “de forma aprofundada” e retirar ilações para um novo programa do PS em diversas áreas.

“[Há que] perceber que há certos territórios que, pela natureza dos problemas que temos tido para falar para os mais jovens, para os mais qualificados, para os que vivem em espaços urbanos, que tornam impossível, não fazendo nada, que o Partido Socialista volte a ser um partido que ganha todo o tipo de câmaras municipais e que pode governar”, sustenta Mariana Vieira da Silva.

Novas políticas para saúde e habitação

A antiga ministra propõe que o PS renove as suas ” abordagens programáticas” nalgumas área. A habitação é uma delas, “porque se estávamos a fazer um caminho na habitação, não só ele não chegou ao fim como continuamos com o problema, e então temos que ir à procura de novas soluções”.

A área da habitação foi liderada nos últimos anos do Governo PS por Pedro Nuno Santos e Marina Gonçalves, que o acompanhou na direção socialista anterior.

“O mesmo na área da saúde, onde o país permanece com problemas seríssimos, mais sérios até do que os que tinha há dois anos, e sem um sinal de solução à vista, muito menos com esta ministra”, assinala Mariana Vieira da Silva que acompanha este tema em particular na direção da bancada parlamentar socialista.

Evitar fulanização no combate interno

A antiga ministra confessa não ter gostado “do que temos visto nos últimos dias” no debate sobre os novos caminhos do PS.

“Devemos evitar um debate ser em torno de figuras, de uns contra os outros”, defendendo que a discussão não se faça pelas personalidades mas pelas políticas.

“Há aqui temas que precisam de ser discutidos: a relação do PS com o tema da saúde, com o tema da habitação, com os jovens. Tudo isso não passa em primeiro lugar por pessoas, mas em primeiro lugar por discussão política”, sustenta Mariana Vieira da Silva, observando que qualquer partido político, “depois de um ciclo longo de poder”, precisa de fazer um caminho de debate.


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