
Médicos Sem Fronteiras fecham clínica no Haiti após onda de violência
A organização Médicos Sem Fronteiras vai fechar por tempo indeterminado a sua clínica de emergência hospitalar no Haiti, em Port-au-Prince, por razões de segurança, após confrontos violentos na região.
A decisão acontece depois de, em março, a organização ter suspendido as operações na clínica de Turgeau. Durante a retirada do local, os veículos da Médicos Sem Fronteiras receberam 15 tiros, num local onde os conflitos entre gangues tomaram conta do cenário da capital haitiana.
Num país com o setor da saúde à beira do colpaso, a violência tem levado a que muitos grupos de ajuda humanitária deixassem ou suspendessem suas operações no Haiti e o chefe de missão, Jean-Marc Biquet fala num “palco de violência armada” que tem levado a que a clínica em Port-au-Prince tenha sido atingida várias vezes por balas perdidas.
“MSF lamenta profundamente esta difícil decisão, tomada como último recurso. Este encerramento tem um impacto significativo no acesso à saúde para uma população já gravemente afetada pela violência, instabilidade e condições de vida cada vez mais precárias”, acrescentou.
Antes da decisão, a Médicos Sem Fronteiras esperava a assinatura de um memorando de entedimento para a criação de um corredor humanitário entre Port-au-Prince e Carrefour para continuar as suas atividades.
Segundo estimativas da ONU, em junho, das 254 unidades de internação do Haiti avaliadas pela Organização Mundial da Saúde, apenas 13% estavam totalmente operacionais.
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