
Julgamento da morte de Odair Moniz adiado devido a baixa médica de advogado
O agente da PSP acusado do homicídio de Odair Moniz, na Cova da Moura, em outubro do ano passado, foi adiado para 22 de outubro, confirmou a Renascença.
O adiamento prende-se com motivos de saúde do advogado do suspeito. O julgamento deve arrancar, assim, no dia 22 de outubro, pelas 09h15, no tribunal de Sintra.
Para a primeira sessão continuam agendadas as declarações de cinco testemunhas, que incluem moradores da Cova da Moura, no concelho da Amadora.
Odair Moniz morreu na Cova da Moura, vítima de dois tiros disparados pelo agente da PSP a 21 de outubro de 2024. Segundo a acusação, o cabo-verdiano de 43 anos residente no Bairro do Zambujal tentou fugir da PSP e resistir à detenção, mas não se verificou qualquer ameaça com recurso a arma branca, contrariando o comunicado oficial divulgado pela Direção Nacional da PSP, segundo o qual o homem teria “resistido à detenção” e tentado agredir os agentes “com recurso a arma branca”.
Em relação aos tiros, o primeiro terá sido disparado a uma distância entre os 20 e os 50 centímetros e atingiu a zona do tórax. Nessa altura, Odair ainda “permaneceu em pé”, mas o agente da PSP disparou uma segunda vez, já a uma distância entre os 75 centímetros e um metro, atingindo a zona da virilha.
Para o Ministério Público, o agente acusado de homicídio “sabia que a conduta de disparar, por duas vezes, a curta distância do corpo de Odair era apta a atingir o corpo deste”. “Apesar de tal conhecimento, o arguido, com o propósito de afastar Odair Moniz de si e poder imobilizá-lo, quis atingir com dois projéteis o corpo deste”, acrescentou a procuradora responsável pelo inquérito Patrícia Agostinho. .
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