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Programa europeu visa revolucionar aconselhamento contracetivo em Portugal

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Especialistas nacionais alertam que a informação disponível sobre contraceção tende a magnificar os riscos e a ignorar benefícios. Um novo programa europeu, agora em Portugal, quer capacitar os profissionais de saúde para consultas mais eficazes e decisões informadas num curto espaço de tempo

Num panorama onde a conversa sobre contraceção é muitas vezes dominada por fontes pouco fiáveis e narrativas que assustam, os profissionais de saúde enfrentam o desafio de desfazer mitos em consultas de minutos. É precisamente para otimizar esses escassos momentos que desembarca em Portugal o programa “Making Sense of Contraception”, uma iniciativa educacional destinada a médicos de família, ginecologistas e enfermeiros.

A presidente da Sociedade Europeia de Contraceção e Saúde Reprodutiva (ESCRH), Teresa Bombas, não tem dúvidas sobre a urgência do projeto. “O balanço da informação disponível enfatiza os riscos, desvalorizando os benefícios, sobretudo da contraceção hormonal”, constata a também membro da Sociedade Portuguesa da Contracepção. Esta perceção persiste mesmo sabendo-se que estes fármacos estão “entre os medicamentos mais estudados e utilizados por milhões de mulheres”, sublinha a especialista do Serviço de Obstetrícia da Unidade Local de Saúde de Coimbra.

Desenvolvido e financiado pela farmacêutica Gedeon Richter Plc. em colaboração com peritos de várias sociedades científicas internacionais, o programa propõe uma mudança de atitude na forma como se aborda a consulta. A sua grande missão, segundo Teresa Bombas, passa por “individualizar escolhas e permitir um uso de contraceção mais efetivo”, com o objetivo último de “reduzir o risco de gravidez não planeada, de aborto e de infeções sexualmente transmissíveis”. Reconhece, contudo, que alterar mentalidades é um processo moroso, mas acredita que a ferramenta, pela sua brevidade, se adapta à realidade de tempos de consulta reduzidos.

O cerne do “Making Sense of Contraception” reside num percurso simplificado de três etapas. A consulta ideal começa com ‘Planear e Ouvir’, um momento fundamental para construir uma relação de confiança. Segue-se a fase de ‘Discutir e Recomendar’, onde se exploram as conceções erradas da mulher e se apresentam as opções mais adequadas ao seu perfil e estilo de vida. O processo encerra com ‘Tranquilizar e Reavaliar’, assegurando o acompanhamento e a confiança na escolha feita. Este caminho, pensado para ser percorrido entre oito a dez minutos, pretende devolver a decisão informada ao centro da relação entre o profissional e a utente.

PR/HN

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