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Investigadoras portuguesas transformam gelatina em selos impossíveis de falsificar

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Investigadores da Universidade Nova de Lisboa desenvolveram selos de autenticidade, a partir de gelatina, que dizem ser sustentáveis e impossíveis de falsificar.

O trabalho, de uma equipa da UCIBIO-NOVA FCT (Faculdade de Ciências e Tecnologia), resultou num estudo que é publicado hoje na Communications Materials (Nature) para mostrar como este material pode ser transformado em “impressões digitais óticas, únicas e não replicáveis”, protegendo produtos tão diversos como vestuário, eletrónica, brinquedos e medicamentos.

“A tecnologia alia duas necessidades urgentes: combater a contrafação, um problema global com impacto na saúde pública e na economia, e promover a sustentabilidade, já que os selos são biodegradáveis, seguros e de baixo custo”, justifica a instituição.

As investigadoras responsáveis pelo estudo, da Unidade de Investigação em Ciências Biomoleculares Aplicadas (UCIBIO), criaram “uma nova forma de produzir selos de autenticidade não-clonáveis, sustentáveis e extra-seguros” a partir de gelatina.

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O estudo foi realizado pelas investigadoras Susana Palma, Efthymia Ramou e Cecília Roque, que liderou o projeto.

“Num contexto em que a contrafação de produtos atinge proporções alarmantes e representa riscos sérios para a saúde pública e para a economia global, esta descoberta abre portas a uma solução que alia segurança reforçada à sustentabilidade ambiental”, defendem.

A tecnologia agora apresentada inspira-se na natureza e tem por base um alimento: “Descobrimos que ao combinar gelatina com moléculas que alteram a passagem de luz, criamos um material novo com propriedades óticas únicas, tais como impressões digitais, que não se conseguem replicar”, explica Susana Palma, em comunicado divulgado pela instituição.

Estas gelatinas óticas funcionam “como selos microscópicos, praticamente invisíveis, que podem ser aplicados diretamente nos produtos”, acrescenta.

De acordo com as investigadoras, os selos são constituídos por cerca de 80% de materiais biodegradáveis, fáceis de produzir, seguros e “amigos do ambiente”.

A autenticidade dos produtos pode ser verificada em dois níveis. No primeiro, com recurso a um microscópio ou a um smartphone, para descobrir padrões coloridos distintos, semelhantes a pequenos arco-íris, que variam de selo para selo.

Num segundo nível, considerado mais inovador, a gelatina modificada muda o padrão ótico quando exposta, por exemplo, a vapores de acetona. “Este novo padrão ótico dinâmico aumenta o nível de segurança dos selos, tornando-os impossíveis de falsificar”, garante a equipa.

“Com esta investigação, mostramos que é possível transformar um material simples e natural, como a gelatina, numa poderosa ferramenta contra a contrafação e, ao mesmo tempo, contribuir para um futuro mais sustentável”, destaca, por seu lado, Cecília Roque, coordenadora do estudo.


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